domingo, 16 de novembro de 2014

Anatomia de um Guilty Pleasure:
Músicas Românticas

Olá Pessoal!!!

Hoje começarei mais uma nova categoria de artigos, Anatomia de um Guilty Pleasure, onde eu pego algo que eu adoro, mas tenho vergonha de admitir. Apesar de hoje ter escolhido músicas, essa categoria vai ser usada também em filmes, jogos, coisas do cotidiano, entre outros.

Resolvi escolher esse assunto porque músicas românticas são algo que geralmente caem para o lado mela cueca da coisa, sendo muitas vezes ridículas, risíveis e bem idiotas em geral. Mas eu não ligo, tem algo sobre elas que me agrada, algo que eu não sei, mas espero descobrir ao escrever esse artigo.

Então colocarei e dissertarei sobre minhas músicas românticas favoritas (e que são bem idiotas).

Kiss From A Rose – Seal



A imagem do Batman já não estava muito boa quando Batman Eternamente estreou nos cinemas, após essa escolha da trilha sonora do filme não havia dúvidas que o novo Batman era muito mais sensível do que deveria.

Ainda mais com um clipe onde um negão que parece o Alexandre Pires está de camisa desabotoada com o símbolo gigante do Batsinal atrás (ui) dele. Digam o que quiserem, é inegavelmente bem sugestivo.

Kiss from a Rose é minha música favorita das que eu escolhi pra esse artigo, eu adoro essa música, acho que seja porque ela tem momentos bem calmos e pequenas explosões mais fortes (you’re my power, my pleasure, MY PAIN!!!), e ao analisar a letra, vi que o autor compara a amada ou o amor em si como uma droga poderosa, em trechos como “to my you like a growing addiction” e “Love remains a drug that’s the high not the pill”. Pra mim, esse é ótima descrição de como é estar apaixonado, é uma mistura de conforto e desespero.

Seal está longe de ser um mal artista, mas é inegável que essa música é bem mela cueca, ainda assim eu gosto muito dela, tanto que eu só via essa bosta de filme pra ouvir ela nos créditos.

Melhor trecho: Power, Pleasure, Pain, como já citado acima.

Wonderwall – Oasis


Eu odeio Oasis, a parte instrumental é boa, mas eu odeio as vozes dos Gallaghers, e eles são uns belos babacas na vida real. Então é muito difícil explicar por que eu gosto dessa canção, ainda mais pelo fato dela ter sido tocada infinitas vezes por milhares de covers pela internet, na rua e em círculos de amigos, qual grupo não tinha um “músico” que vinha encher o saco tocando isso ou legião urbana?

Eu diria que gosto da letra e de toda parte acústica, eu admito que ela é uma música muito bem construída, não exatamente mela cueca, ela está aqui porque ela foi tocada incontáveis vezes até que todo mundo a odiasse. Mas eu ainda gosto dela.

Melho trecho: I don’t believe that anybody feels the way i do, about you now”

Iris – Goo Goo Dolls


Da trilha sonora de Cidade dos Anjos com a escolha de algum gênio de Hollywood de colocar Nicolas Cage num filme romântico. O que me encanta nessa música é que ela tem momentos épicos (1:59 – 2:37) e sua letra é nada convencional, ela combina com o filme (um anjo observa a vida de uma médica por qual ele se apaixona), mas pra nós, ela fala sobre um Stalker foda do qual o desejo é que a mulher ao menos saiba que ele exista, como essa música é poderosa, você sente a dor e até simpatiza com o sujeito. Amor platônico e ainda por cima com um toque assustador é algo que não se vê todo dia.

Melhor trecho: “When everything’s meant to be broken, i just want you to know who i am”

Have You Ever Really Loved a Woman? – Bryan Adams


Bryan Adams é um dos mestres da música mela cueca internacional, então não podia faltar aqui. Eu não gosto das outras músicas dele, mas essa se sobressai pra mim pela vibe espanhola que ela tem (que eu gosto).

Também de uma trilha sonora, de Don Juan de Marco com Johnny Depp e Marlon Brando, acho que essa música é perfeita pra descrever um conquistador lendário como Don Juan.

Melhor Trecho: “When you find yourself lying helpless, in her arms”

She Will Be Loved – Maroon 5


O Primeiro álbum do Maroon 5 é um grande guilty pleasure pra mim, eu adoro músicas como This Love e Harder to Breathe, apesar de hoje o Maroon 5 ser um belo cocô de uma banda.

Seria meio frio dizer que eu ri dessa música a primeira vez que a ouvi? Porque eu achei tão mela cueca e exagerada que eu achei engraçado, ainda mais no clipe onde o babaca do vocalista se envolve com a moça e a mãe dela também.  Pra falar a verdade eu só coloquei nesse artigo porque eu gosto de ver o Adam Levine se ferrando mesmo.

Melhor trecho: Adam Levine acabando sozinho por ser trouxa.
                                                
What Goes Around, Comes Around – Justin Timberlake


A única coisa que eu lembrava dessa música era o clipe com a Scarlet Johansson, mas ao ouvir de novo eu vejo que uma música decente (no nível guilty pleasure ainda), é bem chiclete e o Timberlake parece um cara legal (diferente do citado acima), o que é difícil de pensar depois de anos sendo o cabelo de miojo do N’Sync.


Clássico

Melhor trecho: Scarlet Johansson goes around, comes around.

Forever – Kiss


Kiss tem um belo repertório de mela cueca em sua carreira, mas Forever ganha por ser a mais famosa, eu acho estranho uma banda de rock cantar sobre passar a eternidade com a amada, sendo que o Kiss deve ter tido mais de 250 mil groupies ou mais até hoje, Forever é um pedido de casamento de calmaria depois de anos de putaria desenfreada.

 Melhor trecho: Until my life was through, girl i’ll be loving you forever”

Is This Love – Whitesnake


Is this love é puro anos 80 na sua cara, essa música não poderia ter sido lançada em nenhuma outra época, quando eu a escuto me sinto dirigindo um carro de madrugada nos anos 80, com neon gritante refletindo no carro. Essa música tem mais valor nostálgico pra mim, porque meu pai colocava essa música o tempo todo, e ver aquela mulher do clipe quando eu tinha uns 9 anos me deixava com sentimentos esquisitos, que é claro, só fui entender bem depois.

Melhor trecho: Wasted days, and sleepless nights, And I can't wait to see you again

E o Guilty Pleasure para dominar a todos:

I Don’t Wanna Miss A Thing - Aerosmith


I Don’t Wanna Miss A Thing é uma música única, porque você só pode se identificar com ela se seu pai for o Bruce Willis, seu namorado o Ben Affleck e a terra esteja a beira do fim com um meteoro gigante. A letra dessa canção é a coisa mais mela cueca e exagerada de todas (Then i kiss your eyes???). o pior que isso foi na época mais trash do Aerosmith, onde tudo era exagerado e megalomaníaco (eu amo essa época, por sinal), então essa foi a master baladinha do universo.

Eu acho que tem dois finais alternativos pra Armageddon, em um deles o meteoro ouve essa música, fica emocionado e dá meia volta longe do planeta. No outro o Steven Tyler aparece e engole o meteoro com sua boca gigante. Melhor que Bruce Willis morrendo pra dá lugar pro Ben Affleck, isso foi sacanagem.

Melhor trecho: tudo, a música, a letra, a banda e o background. E a Liv Tyler é claro.

Faltaram milhares de outros guilty pleasures românticos, mas eu coloquei esses por serem os que eu lembrei agora. Acredito que haverá uma sequência para esse artigo. Faltou falar de Bon Jovi e outras tentativas de bandas de rock lançarem baladinhas também. Ainda pretendo fazer um com nu metal adolescente zoado e bolado xingando muito no twitter e músicas pop que me fazem questionar minha sanidade por gostar delas.


Até mais.

domingo, 9 de novembro de 2014

Rumo a Surdez: Discografias Comentadas.
Banda da vez: Arctic Monkeys Parte 2

Humbug
Data de Lançamento: 19/08/2009
Duração: 39:20 mins.



                                                    Capa mais whatever de todas

Opiniões sobre Humbug foram bem divididas, alguns adoraram sua mudança de som, outros ficaram irritados com essa mudança, mas não conseguiam dizer que o álbum era ruim (longe disso, até os que não gostaram sabiam disso), entendo que esse trabalho não foi tão marcante quanto os outros, mas ainda é um disco sublime, com uma qualidade lírica fantástica e um estilo atmosférico que eu amo.

Muito da vibe desse álbum veio do produtor Josh Homme, que é o vocalista do Queens of The Stone Age, as faixas de Humbug são fantasmagóricas, algumas melancólicas, e algumas bonitas, mas todas estranhas ao mesmo tempo. Assim como muitas músicas da carreira de Josh Homme.

O álbum começa com My Propeller, que devo dizer, é exatamente o tipo de música que eu gosto, ela começa agitada, se mantem calma por um tempo, e explode no final. No começo, a primeira impressão é estranheza, mas também é interesse, ela é uma música cativante. Algumas pessoas podem pegar a ideia errada ao ler a letra, que de certa forma é bem sugestiva, olha só o trecho: “Coax me out my low, And have a spin of my propeller”. Não, jovem, essa música não fala, como o lendário Nego Bam diria, sobre “taca o pirú”, o bom moço Alex Turner está falando sobre o coração, como há tempos ele não funciona, e ele está pedindo a pessoa em questão da música para fazer o coração funcionar novamente. Mas partes como essa são o que fazem esse álbum ser tão bom, a parte lírica está aberto a diversos pontos de vista diferentes enquanto ao significado das letras.

Crying Lightning é simplesmente minha música favorita da banda, ela é a música que me fez um fã, eu amo a sonoridade dessa faixa. Novamente a primeira impressão é estranheza, mas Crying Lightning é também uma música muito sentimental, é possível sentir a emoção na voz de Turner. A letra é surreal, inicialmente parece que ela não faz sentido nenhum, mas é lindo ver que praticamente todo mundo tem uma visão diferente sobre o significado dela, eu tenho minha própria teoria, mas eu vou manter ela só pra mim. Eu considero Crying Lightning a obra prima da banda, sei que é uma escolha meio estranha, mas eu tenho motivos pessoais pra fazer isso.

Dangerous Animals é puro Queens of The Stone Age, lembra muito o som do álbum Era Vulgares, como Queens é uma das minhas bandas favoritas, eu não tenho o que reclamar. E eu adoro a parte da soletração nessa música, D-a-n-g-e-r-o-u-s.

Apesar de eu amar o estilo de Humbug, acho que algumas faixas não são muito memoráveis, Secret Door e Potion Approaching não chamaram minha atenção, Fire and The Thud é boa, mas nada de especial também.

Cornerstone era o ponto fraco do disco para mim na primeira audição, mas hoje ela está entre minhas favoritas, a letra é bem engraçada, ela fala sobre um cara que não consegue esquecer de uma garota, e ele começa a ver o rosto dela em todas as outras garotas que ele vê, pedindo a elas se ele pode as chamar pelo nome da velha amada, e elas obviamente recusam. O final fica meio aberto a interpretações, mas em minha visão, no final ele encontra uma prostituta que se parece com a garota, ele pede novamente a questão, e ela responde: “eu não deveria, mas sim, você pode me chamar do que você quiser”.

Fico pensando se o clipe dessa faixa tinha a intenção de ser simplista e imbecil, ou eles estavam tentando falar outra coisa, mas no final o resultado foi essa coisa ai:
                                             


Dance Little Liar é fantástica, ela começa bem simplista, mas vai ganhando complexidade a medida que a música progride, a letra fala sobre (como o titulo diz) mentirosos, muitas músicas falam sobre mentiras, mas eu diria que essa é a melhor de todas, melhor trecho:

“And the clean coming will hurt
And you can never get it spotless
When there's dirt beneath the dirt
The liar take a lot less time” 

Eu até diria que em qualidade instrumental é a melhor música do disco, e vejo poucos fãs falando sobre ela, e sem dúvidas Dance Little Liar é um dos pontos altos do álbum. Destaque para 3:18 da música.

Pretty Visitors é uma música divertida, com backing vocals fantasmagórigos, mas também é uma faixa que não deixa muita impressão.

The Jeweller’s Hands fecha o álbum com um tom misterioso e muito interessante, o outro (conclusão) dessa música é fenomenal.

Novamente os b-sides de Humbug são ótimos, algumas faixas melhores que as do álbum em si, destaque para: Don't Forget Whose Legs You're On, Sketchead, The Afternoon's Hat, Joining the Dots e mega destaque para Catapult, essa última é tão boa que tirei um ponto da nota final só porque fizeram a burrice de retirar ela do álbum.

Pontos Altos: Crying Lightining, My Propeller, Dance Little Liar e Cornerstone.

Pontos Baixos: Secret Door, Potion Approaching e a decisão de tirar músicas fodas e dignas pra colocar em B-sides.

Nota final: 8/10, se alguns dos b-sides estivessem no produto final, ele certamente seria o meu favorito.     


                                       


Suck it and See
Data de Lançamento: 6 de Junho de 2011

Duração: 40:05 mins.

                            Desculpe Humbug, essa sim é a capa mais whatever da história.

Já digo agora que Suck it And See é o trabalho que menos gosto da banda, ele ainda é bom, mas não tanto quanto seus antecessores. Acho que metade de álbum é esquecível, mas este também foi responsável por trazer mais fãs, pelo seu som mais popular.

O maior defeito de Suck it And See pra mim é a decaída do conteúdo lírico que os trabalhos anteriores eram conhecidos por ter, as letras desse disco são bem comuns, principalmente músicas como Brick by Brick, a letra é tão simplista que poderia ter sido escrita por qualquer banda amadora de colégio, apesar de ser uma música bem divertida. Mas vamos às faixas:

O Álbum abre com She’s Thunderstorms, e meu estranhamento começou já aqui, enquanto os primeiros discos abriam com músicas agitadas, este abre com uma música bem leve e um tanto repetitiva, essa faixa não é lá tão interessante, eu não tenho muitos comentários a fazer sobre ela.

Agora, Black Treacle é o que eu queria escutar na introdução, ela introduz o novo estilo muito melhor que She’s Thunderstorms, o riff é simples, mas muito memorável, a letra é típico Arctic Monkeys, ela é uma música boa de ouvir, eu não sei exatamente o que ela tem, mas eu sei que me agrada.

Eu gosto e desgosto de Brick by Brick, ela é a música mais divertida do álbum, a mais rock n’ roll do trabalho, mas eu esperava mais da parte lírica. Como dito acima, a letra poderia muito bem ser escrita por uma banda que recém está começando, parece que eles fizeram um som muito bom, mas não tinham letra para esse som, então escreveram qualquer coisa  mesmo e colocaram no album.

The Hellcat Spangled Shalala (santo titulo) não chamou minha atenção nas primeiras audições, mas após ouvir ela várias vezes, ele virou uma das minhas favoritas do disco, , algumas faixas desse álbum ainda tem um pouco de Humbug nelas, quando se trata do feeling que a música transmite.

Don’t Sit Down Cause I Moved Your Chair é como Brick by Brick, o som dela é fantástico, mas a letra é extremamente nonsense, é não é nonsense como as faixas de Humbug, que tinham uma mensagem por trás, essa música são vários versos malucos que não tenho certeza se realmente tem um significado, há não ser que você ache que “Do the Macarena in the Devil’s Lair” signifique algo mais profundo. E que não seja hilário como esse verso. O solo é foda, pelo menos.

Library Pictures lembra o som que ouvimos em Favourite Worst Nightmare, mas com o novo estilo, é uma música decente, também não há muito o que falar sobre.

All my Own Stunts é uma das melhores músicas do álbum, o riff é bom, o refrão é ótimo e tem uma divertida menção ao primeiro álbum:

 “Put on your dancing shoes

And show me what to do
I know you've got the moves “

Reckless Serenade é minha favorita do disco, desde a primeira audição ela chamou minha atenção, a letra é inteligente e o som é sublime, e quando chega em 2:07 é impossível não se sentir confortável com esse trecho.

Piledriver Waltz veio originalmente da trilha do filme Submarine, do qual Alex Turner foi responsável pela trilha sonora, acho que ela faz mais sentido no filme, então de certa forma ela é filler sim. Além do mais, Stuck on a Puzzle da trilha do filme é uma música bem mais bonita e superior, então acho que ela ficaria melhor aqui.

Love is a Laserquest é uma música que eu queria gostar mais, mas ela me parece igual à She’s Thunderstorms no ritmo, então eu acho ela bem mediana, acho que a banda tem baladinhas bem melhores que essa.

Suck it and See (nome sugestivo da porra) é outra música que eu queria gostar, mas eu acho mediana, talvez seja preciso estar apaixonado pra gostar dessa faixa, pois é a música mais romântica do álbum, como eu não estou, ela não me faz sentir nada.

That’s Where You Wrong parece uma extensão de The Hellcat Spangled Shalala, é a canção mais longa do album, mas novamente, ela não tem nada de tão especial. É um desfecho meio fraco, eu diria.

Agora, minha maior surpresa depois de ouvir esse disco mediano, é ter ouvido Evil Twin dos B-sides, que é simplesmente A MELHOR MÚSICA que eu ouvi relacionada a esse álbum. E os caras não colocam no produto no final, eu vou tirar um ponto por essa cagada mestra. Evil Twin tem um riff foda, letra foda e o melhor solo de guitarra que a banda já produziu. E dai os caras resolvem deixar de fora, é imperdoável.

Pontos Altos: Evil Twin, Reckless Serenade, Black Treacle, The Hellcat Spangled Shalala, All my Own Stunts e Brick by Brick.

Pontos Baixos: todo o resto.

Nota Final: 6/10, era um 7 só por Evil Twin, mas não, vamos deixar de fora.


AM
Data de Lançamento: 6 de Setembro de 2013
Duração: 41:43 mins.

É uma capa simplista, mas chuta a bunda de Suck it and See.

AM foi um dos melhores álbuns de 2013 (Lorde?? Hahahaha) em minha opinião, mas ele não tinha lá muita concorrência também (exceto por Like Clockwork, esse sim meu favorito do ano), o som de AM é uma mistura, a parte instrumental é parecida Suck It And See e a parte lírica lembra os temas abordados em Whatever People Say...

E pra falar a verdade, AM foi o primeiro álbum que eu ouvi da banda, no inicio deste ano, lembro-me que vivia zuando indie rock até dizer chega, até que um dia estava ouvindo músicas no Youtube e surgiu R U Mine? nas sugestões, eu cliquei no vídeo com a intenção de diminuir a banda, mas para minha surpresa, eu amei a música, e foi assim que abri minha mente desta vez, para agora sim, ouvir todo o trabalho da banda.

AM é inquestionavelmente o trabalho mais pop do conjunto, mas mesmo assim ele é bom, algumas músicas não me agradam, mas a maior parte do álbum é muito boa, eu entendo que alguns fãs não gostarem, mas para mim AM é tudo que o disco anterior queria ser e não atingiu. E Nick o’Malley arrebenta novamente com o baixo, talvez o principal elemento do disco.

Do I Wanna Know?  começa o álbum magistralmente, a letra é ótima, a construção sonora é sublime, eu até diria que Do I Wanna Know?  é a nova música mais famosa da banda, de tanto que já tocou, e acho que até meu cachorro conhece essa música.

R U Mine? Foi a música que me fez ouvir todos os outros trabalhos, então dá pra saber o quanto eu gosto dela, é a música mais agitada e divertida do álbum, um dos pontos fortes são os Backing Vocals, que são bem viciantes. Sem falar que ela é realmente uma canção de Rock, enquanto várias outras bandas se classificam Rock hoje dia e são um belo eletrônico disfarçado, Arctic Monkeys mesmo fazendo pop chutam bundas alheias.

E sim, isso foi um ataque a Imagine Dragons, essa banda fuleira que milhares amam.

One for The Road era a única faixa que eu sempre pulava, mas após ouvir múltiplas vezes, ela realmente cresceu no meu conceito, sendo uma das músicas mais descoladas da banda.

Arabella é mega chiclete, ela até parece um Black Sabbath pop, em 2:40 é um belo sing along nos shows.

I Want it All, apesar de um riff maneiro, parece algo que realmente merecia estar em B-sides, a letra não é lá tão inspirada, o som é meio repetitivo, então... meh! filler.

No 1 Party Anthem, eu entendo que muitos gostam dessa música, mas eu não sei o que achar dela, ela não me é memorável, então, vocês já sabem.

Agora, Mad Sounds, é a baladinha que eu gosto, no inicio ela me pareceu chata, até que do nada alguém me acertou com um ooh-lá-lá-lá, ooh-lá-lá-lá, ooh-lá-lá-lá oooh, se você ouviu a música, você vai entender a referência.

AM é um álbum com muita influência de R&B, e Fireside é a primeira música do álbum que mostra essa influência, eu adoro essa música, talvez porque eu gosto dessa mistura de R&B com Rock, e essa música utiliza certos instrumentos eletrônicos, mas é usado de uma forma decente.

Why’d You Only Call Me When You High? (quantas músicas acabam com ponto de interrogação, hein) é a mais Pop e R&B do álbum, então acho que ele deveria ser criticada pelo o que ela é, e ela é uma ótima música pop com elementos de R&B. E o título é genial.

Snap Out of It é outro Pop rock mega chiclete, a música fala sobre ficar irritado com alguém que recém se apaixonou e se tornou insuportável por isso, quem nunca ficou meio irritado com o casal mozão mais próximo que jogue a primeira pedra. Na verdade nós temos inveja deles, mas eles não precisam saber disso.

Knee Socks tem a participação de Josh Homme nos backing vocals, e isso acrescenta algo especial nessa música, tenho que admitir que simpatizo com a letra em partes, e merece destaque por esse trecho genial:

“Like the beginning of mean streets

You could be my baby”

 Menção ao filme Means Streets de Martin Scorsese, e sim, eu vi esse filme só por causa dessa música.

I Wanna be Yours é a melhor baladinha do disco, inspirada num poema de John Cooper Clarke, I Wanna be Yours lembra levemente 505, a letra nada convencional acrescenta um toque a mais nessa canção, trechos como “If you like your coffee hot, Let me be your coffee pot” não são ouvidas todo dia. E qualquer cantor que consiga falar “I wanna be your vacuum cleaner” sem ser completamente ridículo merece respeito.

AM foi um álbum bem mais divisor que Humbug em minha opinião, parece que quem gosta amou (eu), e quem não gostou odiou (certos fãs), eu até entendo que esse é o mais pop da banda, mas isso não diminui em nada sua qualidade.

Destaque dos B-sides:  2013, Electricity (também com backing vocals de Josh Homme) uma das canções mais agitadas que infelizmente não foi para o álbum) e Stop the World Cause I Wanna Get Off With You (que lembra Why’d You Only Call Me When You High? Mas muito melhor, com um solo divertido e uma inspirada batida, e alias, de onde eles tiram esses títulos?) e You’re so Dark.

 Pontos Altos: Do I Wanna Know? R U Mine? I Wanna be Yours, Stop the World Cause I 
Wanna Get Off With You.

Pontos Baixos: I Want it All (pela ousadia de usar o mesmo nome que um clássico do Queen para uma música tão mediana).

Nota Final: 9/10


Agora gostaria de deixar opiniões rápidas sobre outros projetos relacionados.

The Last Shadow Puppets: Conjunto de Miles Kane e Alex Turner, as duas primeiras músicas, The Age of Understatement e Standing Next to Me: genials; Resto do album: medíocre. Standing Next to Me está no meu top 20 músicas da vida.



Miles Kane’s Colour of the Trap: Miles Kane é um dos grandes colaboradores dos Arctic Monkeys e um dos melhores amigos de Alex Turner, esse álbum é cheio de acertos e erros, Come Closer, Rearrange e Inhaler são ótimas, o resto do álbum, nem tanto. E o cover de A Girl Like You de Edwyn Collins é bom, mas anos-luz da original.


Alex Turner’s Submarine: a trilha sonora do filme é composta apenas de baladinhas, algumas são bem chatas, outras como Stuck on a Puzzle são muito boas.



E por final, minha ordem de álbuns e músicas favoritas, as notas finais foram colocadas pela qualidade geral do álbum, então essas listas não seguem exatamente o Ranking, mas sim meu gosto pessoal.

Albúns:
5. Suck it And See
4: AM
3: Favourite Worst Nightmare
2: Humbug 
1: Whatever People Say, That’s What I’m Not

Músicas:
11. Dance Little Liar
10. Evil Twin
9. Reckless Serenade
8. When the Sun Goes Down
7. Do I Wanna Know?
6. My Propeller
5. Catapult
4: R U Mine?
3: 505                             
2. From the Ritz to the Rubble
1. Crying Lighting

sábado, 8 de novembro de 2014

Rumo a Surdez: Discografias Comentadas.

 Banda da vez: Arctic Monkeys Parte 1



Olá pessoal!!!

Nesse artigo inaugurarei uma nova sessão de artigos no blog, ‘Rumo a Surdez’, pensei nesse nome pelo fato de eu ter que ouvir um álbum num volume alto, e considerando a quantidade de álbuns que vou ter que ouvir, e provável que eu fique surdo, mas foda-se, as bandas que eu comentarei são as minhas bandas favoritas (eu ainda farei um top 10 delas um dia).

Começarei com a banda inglesa Arctic Monkeys, porque é uma banda que eu comecei a ouvir este ano (2014), então as músicas e os fatos acerca dela estão frescos em minha cabeça, e porque é uma banda que há algum tempo atrás eu não ligava à mínima, então ouvi muitos dizendo que é a “melhor banda de rock nos dias atuais”, e eu nunca entendi o porquê disso, quando temos bandas bem melhores (em minha opinião) como Foo Fighters e Queens of The Stone Age em atividade. Por ouvir tantos falando, e por saber que eles já trabalharam com Josh Homme (um dos meus artistas favoritos hoje), decidi dar uma ouvida nos álbuns e comecei a entender o porquê de muitos amarem essa banda, e eu mesmo que relutei tanto, acabei virando um fã.

Pois é, eu era um dos que falavam “Who the fuck are the arctic monkeys?” e me parece que eles sabiam que muitos idiotas iam fazer essa pergunta.


Mas antes de eu começar a falar sobre os álbuns, vamos ver uma resumida da banda.
Arctic Monkeys é uma banda inglesa formada em 2002 em High Green, subúrbio de Shetfield, a banda é composta por Alex Turner (vocal e guitarra rítmica), Jamie Cook (guitarra principal), Nick O’malley (baixo) e Matt Helders (bateria), é difícil colocar Monkeys em um gênero só, suas musicas são bem diversificadas, mas geralmente é classificado como Indie, Alternative rock com muito de rock de garagem também.
As três principais influências da banda foram Oasis, The Strokes e Queens of The Stone Age, e é bem visível (ou audível, sei lá) ao ouvir os álbuns, a banda também tem certa influência de Rap e Hip Hop, não no som, mas no fato do vocalista Alex Turner cantar muito rápido (eu me perco tentando cantar Fluorescent Adolescent), as letras são muito inspiradas no trabalho do poeta John Cooper Clarke, conhecido como poeta do punk, inspirou diversas bandas com sua poesia sobre observações do cotidiano.
E sem mais delongas (porque eu odeio faze-las), a discografia comentada:

Whatever People Say I Am, That’s What I’m Not.
Data de Lançamento: 23/01/2006
Duração: 40:56 mins.


Whatever People Say I Am, That’s What I’m Not foi um dos principais lançamentos de 2006 na cena indie que crescia muito na época, e é até hoje, o favorito de muitos fãs, o que é fácil de entender, porque o álbum é, bem, como eu posso falar de uma forma educada? ...

É Foda Pacaralho...

Tai, perfeito.

Todas as músicas desse álbum são neoclássicos do rock,  apesar de que, em minha opinião, é um álbum muito centrado no estilo indie (que eu não sou tão fã assim), eu amo esse álbum assim mesmo, e olhem o nome desse disco, é simplesmente genial, essa foto (que é de um amigo da banda) combina perfeitamente com o nome e com o feeling de rock de garagem e de uma boate suja.

O trabalho inteiro é um álbum conceitual sobre uma noite de festa no norte da Inglaterra, e é fácil se identificar com as histórias mostradas nas faixas, se você costuma a ir a festas em bares com bandas de rock tocando ao fundo, você com certeza irá se identificar com esse álbum.

O disco começa com A View From The Afternoon, que é uma das melhores introduções ao som de uma banda que eu já ouvi. Tudo que você precisa saber sobre os primeiros anos de Arctic Monkeys pode ser encontrado aqui: as letras inteligentes, o som de garagem agressivo e a perfeita construção musical.

I Bet That You Look Good on The Dance Floor foi o primeiro single do álbum, e provavelmente é a música mais famosa do álbum, essa música é extremamente grudante, é difícil não ficar cantarolando ela depois. A letra pode ser vista como meio idiota, mas acredito que essa foi essa foi à faixa do disco que quis apenas ser divertida e dançante, e ela consegui isso magistralmente. Destaque para divertida menção à Duran Duran no trecho “You’re Name Isn’t Rio, But I Don’t Care for Sand” .

Fake Tales of San Francisco tem um ótimo riff, mas a sua parte forte fica em 2:23 da música, eu sempre me controlo pra não cantar junto em voz alta enquanto escuto ela e ando na rua enquanto essa parte toca.

Dancing Shoes é uma interessante visão na vida noturna em como as pessoas se comportam em festas, e o solo é foda.

You Probably Couldn't See For The Lights But You Were Looking Straight At Me (malditos sejam por me fazer escrever um titulo gigantesco desse nível), eu adoro o ritmo dessa música, e novamente prova que esse é o álbum definitivo sobre a vida noturna em clubes do norte da Inglaterra.

Still Take You Home tem um tema parecido com dancing shoes, mas tem um riff melhor em minha opinião.

Riot Van é a música mais leve do disco, e a genialidade de escritor de Alex Turner é novamente vista nessa música:
"Please just stop talking
Because they won't find us if you do
Oh those silly boys in blue
Well they won't catch me and you"
"Have you been drinking son, you don't look old enough
To me"
"I'm sorry officer is there a certain age you're
Supposed to be? Cause nobody told me"

Red Lights Indicate Doors Are Secured tem um ótimo riff de baixo e narra a volta pra casa de taxi após uma agitada noite de festa, muitos se identificarão com essa música.

Mardy Bum é a queridinha dos hipsters e indies, e dá pra notar o porquê, apesar de ser uma das músicas mais famosas desse álbum, ela não foi lançada como single, então os fãs acabaram a tornando famosa, e chegou até tocar nas rádios de tanto que pediam por ela, tenho que admitir que Mardy Bum é extremamente memorável e as vezes começo a cantarolar ela do nada, a faixa fala sobre o famoso amigo bebum que tem em todo grupo de amigos, acredito que todos tem um, ou são um.

Perhaps Vampires Is A Bit Strong But... Apesar do titulo genial, é a minha menos favorita do álbum, não é de forma alguma uma música ruim, só que em comparação aos outros clássicos desse disco, ela é o Four Sticks do trabalho (santa referência à led zeppelin).

When the Sun Goes Down foi a primeira música que eu ouvi desse álbum, e o que mais chama a atenção é o refrão, sem dúvidas um dos melhores dos últimos anos, outra coisa que eu notei quando eu ouvi a primeira vez, é incrível como eles conseguem escrever uma letra complexa, e encontrar uma forma de encaixar tudo certinho em perfeita construção e assim fazer a faixa ser inesquecível.

From Ritz To Rubble é minha favorita do álbum, ela é simplesmente incrível, ela é memorável, rápida, agressiva e ao mesmo tempo calmante, e quando chega em 2:16 é impossível eu não me agitar seja lá onde eu estiver.
“Last night what we talked about
It made so much sense
But now the haze has ascended
It don't make no sense anymore”

A Certain Romance é outra favorita dos indies, na primeira vez que eu a ouvi, eu não tinha gostado, mas após que eu entendi o significado dela, acho que ela pode ser considerada música tema daquela época, quando alguém menciona 2006 e a crescente onda das bandas indie, a primeira música que vem a minha cabeça é essa. A Certain Romance é uma carta de amor a esse período, e ela acaba se tornando uma das melhores conclusões de um álbum que já ouvi na vida.

Outro fator a considerar são os B-sides da banda, eu recomendo, os B-sides de Arctic Monkeys merecem ser ouvidos com o mesmo amor que as faixas dos álbuns. Destaque para Bigger Boys And Stolen Sweethearts, música fácil de simpatizar, caso você foi um moleque que na adolescência se apaixonava por garotas que já tinham namorados mais velhos e mais ricos, e você nunca tinha chance alguma com a garota em questão, essa música foi feita pra você. Ou talvez tenha sido só eu? peraí que eu vou chorar no banheiro e já volto.


Essa música fala comigo, sniff.

Pontos altos: From The Ritz to The Rubble, When The Sun Goes Down, o álbum inteiro na verdade.

Pontos fracos: nenhum.

Nota final: 10/10



Favourite Worst Nightmare
Data de Lançamento: 18/04/2007

Duração: 37:34 mins.


Favourite Worst Nightmare é o álbum mais rápido, alto e agitado da banda, a maioria das faixas são bem curtas e divertidas. O disco já começa com Brianstorm, o que é uma ótima forma de começar, você provavelmente já ouviu essa música, mesmo que não goste de Rock, porque ele é o maior hit da banda até hoje, novamente a combinação riff foda + refrão chiclete + letra inteligente mostrando que esse álbum não veio pra decepcionar.

Pra falar a verdade, Brianstorm foi a primeira música deles que eu ouvi, e eu odiei, mas na época que eu ouvi eu só curtia uns nu metal ridículo e eu prefiro esquecer desse tempo.

Em seguida temos Teddy Picker, e ouvimos o elemento mais forte desse disco, o baixo; em minha opinião, Nick O’malley é a alma desse disco, e ele nunca esteve melhor do que aqui. Teddy Picker fala sobre a fama e como parece que as pessoas são selecionadas aleatoriamente para serem famosas, não pelo seu talento, mas pela sorte delas estarem no lugar certo na hora certa, como uma daquelas maquinas onde uma garra pega um brinquedo (igual aquele do Toy Story). Destaque para a menção à Duran Duran (de novo): “I don’t want your prayer, save it for a morning after”.

 D is for Dangerous e Balaclava mantém a rapidez e diversão do álbum.

Fluorescent Adolescent, como eu posso começar? É genial, e pensando bem, é uma música bem triste, ela fala sobre uma mulher que era a maioral em sua época, a gostosa, popular e a desejada, mas foi envelhecendo e tudo que ela foi um dia é apenas uma memória agora, e ela acaba descobrindo que nem o passado era tão bom assim. Acredito que é fácil se identificar com essa música na parte da nostalgia (não a parte da mulher), tudo parecia mais bonito naquela época, mas se pararmos pra pensar, não foi tudo aquilo que nossas mentes acreditam hoje, a memória é apenas uma adaptação do passado, uma adaptação mais bonita do que realmente foi.
E eu desafio alguém cantar essa música rapidamente sem travar a língua.

Only Ones Who Know é uma bonita canção, mas não há muito que falar dela, destaque para o trecho: “That true romance can't be achieved these days” e eu não poderia concordar mais.

Do Me a Favour é uma das músicas mais frias sobre fim de relacionamento que eu já ouvi, mas acho que pra alguém que recém terminou um namoro e está mais irritado do que triste, ela é uma ótima música, a letra é genial como sempre. Uma faixa que termina com “Perhaps fuck off might be too kind” merece meio respeito eternamente, porque “dar um tempo” é a mesma coisa que mandar alguém se foder e ir embora. E alias, 2:34 até 2:55 = perfeição.

This House is a Circus me lembra muito o som de Queens of The Stone Age, o que logo(no próximo álbum) provou ser intencional.

O que também pode ser dito de If You Were There, Beware, uma música com um som bem stoner rock.

The Bad Thing não chamou minha atenção na primeira audição, mas hoje a vejo como uma das músicas mais divertidas do álbum e que infelizmente é pouco lembrada.

Old Yellow Bricks é foda, toda a parte instrumental é fantástica e mostra que Arctic Monkeys é uma banda disposta a evoluir e fazer diferentes tipos de sons a cada álbum.

E pra fechar com chave de ouro, 505 é uma das melhores músicas dos últimos anos, extremamente atmosférica, ela é algo que eu chamaria de “música noir”, todas as vezes que eu a escuto parece que tudo fica em preto e branco e do nada eu me vejo vestindo um chapéu fedora e terno. Nessa faixa foram usados samples da trilha sonora de Três Homens em Conflito, um clássico do Western de Sergio Leone. 505 termina o álbum magistralmente e ela é de certa forma um exemplo do som que iriamos ouvir no próximo álbum, muito mais conceitual e atmosférico.

Os B-sides de Favourite Worst Nightmare são massivos, têm umas 20 músicas que foram chutadas do produto final, destaque para... Lá vai: Bad Woman, If You Found This It's Probably Too Late, Temptation Greets You Like Your Naughty Friend (com um riff foda e um dat rap no final), a linda The Bakery, Too Much to Ask, What If You Were Right the First Time e um elegante cover de Diamonds are Forever (do filme do 007 se você não sabe).

Pontos Altos: 505, Fluorescent Adolescent, Brianstorm.

Pontos Baixos: nenhum também, é um trabalho ótimo no geral.

Nota final: 9,5/10, pois é, apesar de ser um ótimo álbum, acho que ele é muito curto, dava pra colocar algo dos b-sides de boa ali e ninguém ia reclamar.



                                          


Eu decidi partir o artigo em dois, e sim, é porque eu quero mais artigos em meu blog e eu achei melhor dividir o artigo assim como aqueles filmes baseados em livros que são feitos em partes não para agradar os fãs, mas para lucrar mais.


Não que eu vá lucrar com essa joça.