segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Analisando a Saga Star Wars - Episódio III - A Vingança dos Sith



Após receber mais uma decepção com o Ataque dos Clones, era de se esperar que os fãs baixassem as expectativas totalmente para o terceiro filme, mas é claro que isso não aconteceu, os fãs ainda apostavam muito na terceira tentativa de George Lucas.

O filme atendeu as expectativas? mais ou menos.

A história é bem menos politica e mais fácil de entender, apesar de introduzir um novo vilão do nada, Darth Grievous apareceu primeiro no desenho 2D de o Ataque dos Clones (não o desenho 3D posterior, mas aquele feito entre o episódio II e III), de qualquer forma, quem não viu o desenho (como eu) ficou boiando nessa parte.

Devo dizer que a introdução de A Vingança dos Sith é bem divertida (e os fãs tiveram um breve alívio sobre a qualidade do filme), a batalha espacial e o resgate na nave são bem legais e lembram o espirito aventureiro da trilogia clássica, até o uso de CG é bem justificado nesses 23 minutos iniciais.


Mas logo esse alívio vai embora, pois os sets em CG, o romance de novela mexicana e os diálogos que parecem poesia ruim voltam todos, tudo isso fica evidente na cena da varanda, que é um momento que era pra ser bonitinho, mas acaba sendo bem constrangedor.

Falta algo nessa cena, e é o simbolo da Televisa

As atuação varia pelo menos, Hayden Christensen só era ruim no episódio II, aqui ele varia de "ok" para "ruim", o ator que faz Palpatine (Ian McDiarmid) varia entre "contido" e "personagem de Looney Tunes", eu diria que é bizarramente divertido, mas num filme que deveria ser sério (afinal essa é a queda de Anakin ao lado negro da força), só acaba sendo hilário.


Sem falar da luta dele contra o Yoda, se retirar os efeitos especiais, vai parecer um velho maluco acertando o ar com uma bengala. O confronto entre Obi Wan e Darth Grievous também é bem decepcionante, mesmo com o inimigo tendo um visual bem legal e 4 sabres de luz, ainda é uma das lutas mais fracas da trilogia.

Não se anime

Mesmo com todos esses problemas, eu ainda acho que A Vingança dos Sith é o melhor da "nova" trilogia, há boas cenas e ideias no meio de tudo isso, como aquela cena da ópera (uma certa metalinguagem com ópera espacial), onde Palpatine conversa com Anakin sobre o lado negro, é uma das poucas vezes onde a mitologia de Star Wars é explorada.


Aquela parte onde Anakin e Padmé refletem sobre o que virá no futuro é uma versão sombria da cena onde Luke olha para o sol binário em episódio IV, a diferença é que Luke espera pela aventura, e Anakin espera pela tragédia, digam o que quiserem, mas é uma cena bem interessante e uma menção inteligente.


Se ao menos a atuação dessas cenas ecoasse pelo resto do filme. George Lucas é um bom diretor visual, mas tem problemas sérios em escrever roteiros.

As partes trágicas teriam muito mais impacto se a queda de Anakin fosse mais verossímil, toda aquela sequência da Ordem 66, apesar de bem dirigida, parece repentina demais.


De certa forma, Lucas consegue fazer algum impacto emocional, mesmo com todo dialogo e atuações ruins, eu lembro desse ser um dos filmes mais sombrios da minha infância, ver os Jedis sendo traídos e executados não era que algo que eu esperava naquela idade (sem falar do massacre das crianças no templo Jedi).

A luta final é considerada muito exagerada por alguns fãs (bem, é um duelo de sabres num planeta vulcânico), mas acho ela muito boa, Star Wars é exagerado, quantas lutas em lugares exóticos já tiveram na série?

É claro que tem uns diálogos bem vergonhosos no meio de tudo isso como "Acabou Anakin! eu estou em terreno firme!" e "No meu ponto de vista, maligno são os Jedi!", e também tem coreografia demais para uma luta que deveria ser mais emocional, mas ainda considero um dos melhores duelos da saga, e a música do John Williams certamente ajuda muito.


Falando em John Williams, aqui ficam algum destaques da trilha sonora:





Quando era criança, eu tinha pesadelos com essa cena do Anakin sendo queimado com lava, e ficando deformado (que é o motivo dele usar a armadura de Darth Vader), era uma parte bem perturbadora para alguém da minha idade em 2005.

Mesmo sendo bem problemático e tendo coisas que me irritam bastante, eu ainda daria uma nota alta para A Vingança dos Sith, é o único da trilogia "nova" que eu gosto de assistir quando está passando, e também foi um filme marcante na minha infância, se "A Ameaça Fantasma" foi o inicio da fantasia, "A Vingança dos Sith" foi a dura e cruel realidade atingindo meus 9 anos de idade em cheio.

Boas pessoas podem se tornar ruins, algumas ideologias podem parecer boas à primeira vista, mas se revelam agressivas depois, independente dos problemas de Episódio III, ele foi um dos primeiros filmes a me mostrar algo mais sombrio,e eu o admiro por isso.

Como havia dito antes, não acho que a estrutura da história da trilogia seja ruim, mas é mal executada, veja bem:

"Anakin é um jovem escravo no planeta de Tatooine e vive com sua mãe (também escrava), até que um dia um cavaleiro Jedi (Qui Gon Jin) chega em seu planeta e descobre que Anakin é forte na Força, após provar sua habilidade com a corrida de Pods, ele deixa a casa e a mãe para trás para começar seu treinamento Jedi.

Lá ele é considerado o escolhido de uma profecia que diz que ele irá trazer balanço na Força e eliminar os malignos Siths, após a morte de Qui Gon, Obi Wan Kenobi se torna o mestre de Anakin, ele passa por anos de treinamento, e se apaixona por Padmé, apesar das restrições de relacionamento no código Jedi, os dois se envolvem em segredo.

Ao voltar para Tatooine, Anakin descobre que sua mãe é capturada pelo povo da areia, ao encontra-la, ela morre pelos ferimentos e Anakin massacra a tribo inteira como vingança (todos os homens, mulheres e crianças), isso já cria uma das primeiras inclinações dele ao lado negro.

Padmé fica grávida e Anakin sonha/prevê a morte dela, perturbado ele cai na manipulação do senador Palpatine, que na verdade é um lorde Sith disfarçado, Anakin trai os Jedis e se une aos Sith, em sua queda ao lado negro, ela acaba machucando gravemente Padmé (e potencialmente causando a morte que ele próprio previu) e luta contra seu antigo mestre Obi Wan, ele perde a luta, os membros e é terrivelmente queimado em lava, tendo de usar uma armadura robótica no futuro.

Os filhos de Padmé sobrevivem e são separados, são eles Luke (que é levado ao planeta natal de seu pai) e Leia (que é adotada pela realeza de Alderaan, se tornando princesa), e Anakin, agora envolto a armadura e ao lado negro, se torna Darth Vader."

Isso parece uma má história de origem? tudo parece bem para mim (exceto por toda aquela parada de Anakin ter construído C3P0), se a pessoa não viu os filmes e ler esse resumo, pode até parecer bem interessante, mas mal sabe essa pessoa a quantidade de atuações e diálogos ruins que estão no meio de tudo isso.

Então de certa forma, eu admiro mais o que George Lucas estava tentando fazer do que ele de fato fez.

Nota: 7,5/10

Alguns devem se perguntar se realmente sou fã da saga, afinal, mesmo as prequels sendo filmes importantes na minha infância, eu ainda critiquei bastante eles, eu decidi não me cegar pela nostalgia, toda a trilogia é bem problemática, mas acredito que quando você ama algo (qualquer coisa), você não ignora os problemas, você entende e convive com eles, eu adoraria que esses filmes fossem melhores, mas também não acho que seja o fim do mundo como muitos fãs acham.

Digo mais, poderia ser bem pior, as partes ruins desses filmes são realmente ruins, mas você sempre acha uma coisa ou outra que se salva, e bem, a trilogia clássica não é tão perfeita assim, alias, muito dos problemas que vemos aqui já davam para identificar nos originais.

Ou você vai dizer que essa cena de "O Retorno de Jedi" é boa?



De qualquer forma, Star Wars mudou o rosto do cinema para sempre, isso é inegável, a legião de fãs é uma das maiores do mundo, e o carinho por essa saga é do tamanho de uma galáxia inteira.
Queria mostrar esse vídeo do Nostalgia Critic, que me fez repensar algumas coisas sobre essa trilogia,e admito que peguei muito coisa desse vídeo para escrever essas análises.





domingo, 25 de setembro de 2016

Analisando a Saga Star Wars - Episódio II - O Ataque dos Clones.



Após o grandioso sucesso e decepção que a Ameaça Fantasma foi, fãs já começaram a baixar as expectativas para o segundo filme, nos anos 2000, a internet já era a grande mídia do mundo moderno, então comentários e criticas do filme anterior já eram comuns em diversos fóruns e discussões na internet.

Então os estúdios começaram a dar ouvidos a recepção pública e mudar os filmes conforme o agrado dos fãs, certamente o aspecto mais demonizado da Ameaça Fantasma foi Jar Jar Binks (mesmo esse sendo apenas um dos diversos problemas do filme), George Lucas até poderia continuar forçando Binks goela abaixo dos fãs, mas felizmente decidiu não fazer.

Então um dos pontos positivos de o Ataque dos Clones é que ele se livra de Jar Jar Binks, não totalmente, ele ainda aparece no filme, mas em apenas duas cenas e sem nenhuma piadinha idiota, mas se o problema do Binks foi resolvido, todo o resto dos problemas de A Ameaça Fantasma são ampliados na sequência.

Começando pela história ainda mais política e complicada, quando criança eu não entendia quase nada da história, e quando revi hoje, ainda tive dificuldades de entender completamente (ou talvez eu seja só burro), bem, tem alguma coisa a ver com separatistas da república, um exercito de clones e mais tratados para assinar, ou seja, é tão divertido quanto seu livro de história do ensino médio.

Isso me leva a algo que irei aprofundar na análise do próximo filme, eu não acho que a estrutura das histórias das prequels seja ruim, mas elas certamente são mal executadas.

O máximo de expressão de Anakin

Considerando o episódio I, já era de se esperar que a história fosse ficar mais politica, o segundo problema é o romance entre Anakin e Padmé, a atuação inexpressiva dos dois (Hayden Christensen e Natalie Portman) faz parecer uma novela mexicana no espaço, sem falar dos diálogos como: "Eu não gosto de areia, ela entra por todos os lugares".

O pior é que essa é uma parte longa do filme, mesmo Lucas tendo tempo suficiente pra criar uma relação interessante, tudo parece errado, nem a bonita trilha do John Williams consegue injetar emoção entre os dois.


Farei até uma defesa a versão dublada do filme, o dublador Peterson Adriano (mais famoso por fazer a voz do Bart Simpson), consegue fazer a atuação inexpressiva de Christensen ser menos pior, até colocando mais emoção nas cenas do Anakin.


Nem todos atores estão ruins, eu sempre gostei muito de Ewan Mcgregor como Obi Wan, no episódio I ele era bem genérico, mas nessa sequência ele se torna o personagem mais interessante do filme, muito por suas semelhanças com a atuação de Alec Guinness (que era o Obi Wan velho na trilogia clássica), até a forma de falar é bem parecida, você acredita que ele é a versão mais nova do personagem.


Enquanto é difícil acreditar que um jovem chato e irritante como Anakin irá se tornar Darth Vader um dia, talvez com exceção com a cena onde ele procura a mãe (e acha) em seu planeta natal, ele no speeder dirigindo no deserto com "Duel of Fates" tocando no fundo, é uma boa cena, e um dos poucos momentos onde ele age como o vilão mais famoso da saga no futuro.


Tem também uma cena bem breve onde Anakin revela seus pensamentos mais "fascistas", mas é envolto as cenas românticas, então é bem fora de foco.

A trilha do John Williams ainda é muito boa, mas é uma das menos memoráveis da saga, alguns destaques são:




O maior problema do Episódio 2 é sem dúvidas o uso ainda mais exagerado de CG, agora não só em monstros e cidades, mas sets inteiros, até as armaduras do exercito de clones é feito em CG, se as coisas já pareciam artificiais em A Ameaça Fantasma, que parecia uma cutscene de Playstation 1, aqui só evoluiu para uma cutscene de Playstation 2.


Isso prejudica muito as cenas de ação, a perseguição no inicio com um visual bem Blade Runner/ Quinto Elemento, a cena da fábrica de robôs, a arena e a subsequente guerra dos clones são criativas e bem dirigidas, mas é tudo tão artificial que você não sente o impacto que você deveria sentir, parecem bonecos digitais lutando contra outros bonecos, então elas acabam não sendo tão empolgantes.



Tem momentos que tentam lembrar "O Império Contra Ataca", como a perseguição de naves nos meteoros (que tem até o mesmo desfecho da cena homenageada) e a própria estrutura do filme (no final os vilões vencem, Anakin perde a mão e recebe uma robótica), a diferença é que o Império Contra Ataca é considerado por muitos o melhor da saga, enquanto Ataque dos Clones junto com A Ameaça Fantasma são considerados os piores.

Desde criança esse fora o meu menos favorito, por mais que eu gostasse das partes de ação, todo o romance chato e politica chata eram motivos para deixar o filme de lado, e isso não mudou nem um pouco em mim, até o episódio I eu vi diversas vezes, mas eu posso contar nos dedos quantas vezes eu assisti O Ataque dos Clones.

Nota: 5/10


quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Analisando a Saga Star Wars - Episódio I - A Ameaça Fantasma




Olá pessoal!

Depois de muito tempo, voltei ao blog pra falar de Star Wars, desta vez eu quis analisar a fundo todos os filmes dessa saga da qual sou muito fã, já aproveitando minha maratona anual e com a espera de Rogue One em dezembro.

Primeiro irei comentar sobre as Prequels, depois a trilogia clássica e terminando com o filme mais recente, será uma postagem por filme, então serão 7 artigos.

As prequels de Star Wars são um assunto bem polêmico entre os fãs, pois são filmes de qualidade realmente questionável, muitos odeiam, alguns defendem, outros amam, mas onde fico eu nessas três categorias?

Em um um pouco de cada uma.

A Ameaça Fantasma talvez tenha sido o filme mais esperado da história dos cinemas, pessoas acampavam na frente do cinema semanas antes só pra garantir seu lugar na sala (isso foi antes da compra antecipada), fãs enlouqueciam a cada nova informação dada, numa época onde a internet ainda estava engatinhando, a fanbase de Star Wars é uma das maiores do mundo e esperaram mais de 15 anos para ver Star Wars novamente nos cinemas.

Era uma tarefa impossivel agradar a todos, mas a maioria esperava que o filme fosse minimamente decente.

A minha ideia com essas análises e dissecar todos os filmes da saga, ver tudo que eu considero bom e ruim, de uma forma mais critica e profissional (apesar de não ser nenhum profissional), sem se apegar muito a nostalgia que pode esconder alguns problemas desses filmes, mas também longe do ódio e ressentimento que alguns fãs tem por essa trilogia.

Isso porque admito que adorava A Ameaça Fantasma quando criança, era um dos filmes que costumava assistir repetidamente nas tardes da minha infância, era provavelmente meu terceiro filme favorito quando tinha 5 anos de idade junto com Rei Leão (1º) e Jurassic Park (2º).

E vendo hoje, os problemas do filme são bem visíveis, eu não irei defender ferrenhamente por conta da minha nostalgia, atualmente eu não acho A Ameaça Fantasma um bom filme, mas também não acho que ele seja completamente ruim e não tenha nenhum fator redimível.


Primeiramente, vamos começar com os problemas, porque todo fã de Star Wars já deve ter ouvido as mil críticas do filme várias vezes e nada do que eu escrever será novo para esse público, o problema que mais transborda A Ameaça Fantasma é seu uso abusivo de CG (computação gráfica/efeitos especiais).

O uso de CG conquistou Hollywood e o público com filmes como Jurassic Park e Exterminador do Futuro 2, o problema é que no resto dos anos 90 o cinema ficou muito dependente dele, filmes como Independence Day (1996), Twister (1996) e Armageddon (1998) são alguns dos vários exemplos de filmes que só fizeram sucesso por conta do seu uso de CG, mas tem pouco cuidado de roteiro, pessoas queriam ver espetáculos, mas não pareciam se importar tanto com a história.


George Lucas foi uma das pessoas que ficou fascinado com o CG, pois sua mente é inegavelmente muito imaginativa, e os efeitos visuais possibilitavam ele fazer o que quisesse, foi por esse motivo que ele decidiu fazer as prequels de Star Wars, pois ele não teria mais que ficar limitado ao orçamento e aos efeitos práticos (que certamente levam muito mais tempo para fazer), podendo realizar sua imaginação na tela sem freios.

Isso inicialmente pode até parecer bom, mas há dois problemas, um é que o diretor pode acabar se tornando preguiçoso ao apenas usar o que é mais fácil, e segundo é que as restrições obrigam o diretor a ser mais criativo e fazer o possível para tornar o seu filme melhor, Lucas não teve nenhuma restrição, ninguém criticou seu trabalho, todos o viam como um visionário que não poderia errar.

Então em muitos momentos, A Ameaça Fantasma parece uma cutscene gigante de um jogo de Playstation 1, devia parecer bem bonito em 1999, mas hoje em dia é risível.


E isso nos leva ao maior fator de destruição desse filme, Jar Jar Binks, um dos piores usos de alivio cômico da história do cinema (sipá o pior), seu CG é horrível, suas piadas são horríveis e várias cenas envolvendo ele não tem absolutamente nenhum impacto na história do filme, talvez se Jar Jar Binks não existisse, A Ameaça Fantasma não seria tão odiado.

O anticristo

Outro problema é a história com alta menção politica, eu não  necessariamente acho isso ruim, mas há quem diga que as histórias de Star Wars deveriam ser simples, prezando mais a aventura do que "o universo e política da saga", de qualquer forma, tem várias cenas no senado galático, alguma coisa sobre impostos e bloqueio comercial, e sim, isso é tudo tão chato quanto parece. Mas de certa forma, acho interessante Lucas ter tentado dar mais profundidade no universo de Star Wars, mesmo que não seja realmente necessário.

Ele também tentou explicar a Força de modo científico, com a ideia dos Midi-Chlorians (formas de vida microscópicas inteligentes que viviam dentro das células e eram os responsáveis pela geração da Força nos corpos), também não acho isso terrível, mas certamente trai toda a ideia de espiritualidade da Força, que era algo tão legal na trilogia clássica.


As atuações são bem mecânicas, mesmo tendo ótimos atores e atrizes como Liam Neeson, Samuel l. Jackson e Natalie Portman, todos parecem estar no piloto automático, a maioria é bem inexpressivo pela maior parte do filme, exceto em cenas onde eles se obrigam a aparentar mais emoção.

A atuação da criança que faz o jovem Anakin é bem ruim, mas não culpo o garoto, isso parece ser mais a mal direção de atores de George Lucas do que realmente preguiça do jovem ator.


Também falta um vilão de peso no filme, Darth Maul é um dos personagens mais mal aproveitados que me lembro, mesmo tendo um visual bem memorável, ele tem um ou dois diálogos no filme, não tem carisma nenhum, e as pequenas aparições do imperador Palpatine não são o suficiente.

Vou parecer maneiro e fazer vários nada durante o filme

Após toda essa negatividade, o leitor pode estar se perguntando se há de fato algo bom nesse filme, e apesar de pouco, tem coisas legais em A Ameaça Fantasma, todo o design dos planetas, das naves e dos alienígenas ainda é bem criativo e faz lembrar da trilogia clássica (mesmo tudo parecendo mais avançado, o que não faz sentido na cronologia da série), eu gosto dos designs de Naboo, da cidade dos Gungans e de Coruscant (esse último lembra bastante Metropolis de Fritz Lang).

 



Se George Lucas deixa a desejar na direção de atores, ele ao menos consegue fazer cenas de ação, alguns fãs reclamam, mas eu pessoalmente adoro a corrida de pods, acho uma cena empolgante e a produção de som certamente ajuda muito, você sente a velocidade daquelas máquinas com o som e com as cenas em primeira pessoa, além do mais, essa cena inspirou um jogo bem divertido de Nintendo 64.



A cena do luta de Obi Wan e Qui Gon contra Darth Maul é muito bem coreografada e dirigida, algo que faltava na trilogia clássica, os duelos de sabre de luz sempre pareciam bem contidos nos filmes antigos, e nas prequels as lutas atingiram esse potencial maior.


E com essa cena chegamos ao que eu acho ser o ponto mais alto de A Ameaça Fantasma, a trilha de John Williams é fenomenal, talvez não tão icônica quanto a trilha original, mas é tão épica quanto, alguns destaques são:





Star Wars: A Ameaça Fantasma teve uma recepção extremamente dividida, alguns fãs gostaram (o que na verdade podia ser negação), alguns críticos gostaram (o que pareceu mais pressão dos fãs) e outros fãs e críticos odiaram (por colocar fé demais no filme), de qualquer forma, todo mundo tem um problema ou outro com o filme, até eu quando criança achava um saco aquelas cenas do senado, e vivia pulando direto pras cenas de ação.

Nota: 5,5/10

A Ameaça Fantasma é o maior exemplo de quanto as expectativas dos fãs podem ser devastadoras, que por mais que amemos alguma coisa, não devemos colocar toda a fé do mundo nessa coisa, e é uma lição que infelizmente parecemos nos esquecer, basta ver quantos filmes recentes tiveram mal recepções pelo hype gigantesco que geraram e obviamente não conseguiram atender.

O filme nunca vai ser tão legal quanto você espera, aprendam a conter as expectativas, eu estou esperando Rogue One tranquilamente, se for bom, ótimo, se for ruim, próximo!