domingo, 8 de novembro de 2015

Top 10: Melhores Temas de James Bond
Em minha opinião


Olá pessoal!

Eu sou um grande fã da franquia 007, a mais longa da história do cinema, com 24 filmes oficiais e dois não oficiais, lembro me de ter assistido todos os filmes da série em outubro de 2012 para a estréia de Skyfall, eu sempre tive um fascínio pelo personagem e pelo legado inteiro, as frases memoráveis, as cenas de ação incríveis, e é claro, as músicas-temas, o momento mais esperado por mim em todos os filmes é justamente a abertura, desde 007 contra Moscou, é tradição chamar artistas de faziam sucesso na época para compor a música da abertura, e hoje eu vou escolher as minhas 10 favoritas.

Mas antes da lista, eu gostaria de comentar sobre o próprio tema orquestrado de 007, composto por John Barry e Monty Norman, o interessante é que Barry usou uma faixa de um musical cancelado como base do tema, tem uma vibe bem indiana.


Barry usou apenas algumas notas dessa faixa, mas deu um novo rosto completo, e que ficou marcado junto com o tema de Missão Impossível como os temas definitivos de histórias de espionagem. O tema mostra perfeitamente o que 007 é, a música começa charmosa e misteriosa, e explode em ação numa parte mais agitada, a música fica alternando entre esses dois estilos durante toda sua duração.


E tem a versão ainda mais explosiva de Cassino Royale:


Agora, vamos a lista:

10. You Only Live Twice - Nancy Sinatra
Do filme Com 007 Só Se Vive Duas Vezes

Esse tema composto pela filha do lendário Frank Sinatra é bastante memorável, tem uma vibe meio chinesa por conta do filme, onde Bond finge ser chinês com uma maquiagem muito mal feita (a ideia em si já é ridícula), digamos que o motivo de estar em último lugar é parcialmente pela qualidade do filme, que apesar de ter momentos marcantes no final (a primeira vez que vemos o vilão Blofeld em sua base dentro de um vulcão). A música em si, por mais boa que seja, falta variação, um ápice, ela apenas repete.


Melhor trecho: ''And love is a stranger who beckon you on, Don't think of the danger or the stranger is gone" 

9. GoldenEye - Tina Turner
Do filme 007 contra Goldeneye

Tina Turner é perfeita para um tema de 007, um fato curioso é que essa música foi escrita por Bono Vox e The Edge da banda U2, Bono escreveu inspirada em sua lua de mel onde ele passou na casa jamaicana de Ian Fleming (que é o criador de 007), chamada GoldenEye.

A música encaixa perfeitamente com o filme, misturando o estilo clássico com o estilo dos anos 90, formando um novo Bond para aquela geração, mas que ainda respeitasse o antigo.


Melhor trecho: ''Revenge is a kiss, This time i won't miss"

8. Diamonds Are Forever - Shirley Bassey
Do filme 007 - Os Diamantes São Eternos

Foi a segunda vez que Bassey compôs para um filme do agente, e é um tema clássico, um dos mais famosos, mas mesmo assim, a faixa fica em oitavo muito pela qualidade do filme, que eu considero o pior de toda a série junto com Um Novo Dia Para Morrer (2002), muitos consideram O Foguete da Morte como o pior, e eu até entendo, mas Foquete pelo menos é engraçado, eu diria que é até mais engraçado que todas as paródias já feitas sobre 007. Já Diamantes São Eternos é mal feito, é ofensivo, as tentativas de ação e humor são péssimas, e o próprio Sean Connery parecia estar de saco cheio durante o filme inteiro, e ele realmente estava, pois foi o último filme oficial dele na série.

Realmente, essa faixa mantém o oitavo só pela qualidade da música, que é melhor que muitas outras, mas o filme que a representa é tão ruim que eu não poderia colocar ela mais alto na lista.


Melhor trecho: ''I don't need love, For what good will love do me? Diamonds never lie to me, For when love's gone, They'll luster on"

7. Skyfall - Adele
Do filme 007 - Operação Skyfall

Apesar de eu achar um exagero a afirmação que Skyfall é o melhor filme do agente (não está nem no Top 5), a música é realmente muito boa, a talentosa Adele foi uma escolha perfeita para cantar um tema forte inspirado nos clássicos, a letra e a instrumentação são ótimas, e combina com o tom mais sério do filme.

Eu lembro da antecipação minha para ouvir o tema desse filme, após minha maratona pelo mês de outubro, para fechar o mês com o filme, eu havia ouvido essa música umas 10 vezes seguidas quando lançada. Skyfall também foi o primeiro tema de 007 a ganhar o Oscar de Melhor Canção Original, apesar de ter tido várias indicações nos filmes anteriores.


Melhor trecho: '' Where you go i go, What you see i see, I know i'd never be me, Without the security, Of your loving arms, Keeping me from harm, Put you hands in my hands and we'll stand" 

6. Live and Let Die - Paul McCartney & The Wings

Um clássico não apenas das trilhas sonoras, como da história do rock, tanto que muita gente nem lembra que esse é um tema de James Bond, mais especificamente o primeiro de Roger Moore, quando a série seguiu um caminho mais cartunesco e exagerado, que eu gosto, mas eu entendo que é um grande Guilty Pleasure.

Eu gosto muito da letra, em minha visão, é sobre um cara que queria viver uma vida pacífica, dizendo a famosa frase "Viva e Deixe Viver", mas após ser ferrado constantemente pelo mundo, ele ficou decepcionado e mudou seu lema para "Viva e Deixe Morrer", o que considerando a licença para matar, combina bastante com o agente.


Melhor trecho: '' When you were young and you're heart was a open book, You used to say live and let live, But if this ever changing world in which we're livin', Makes you give in and cry, Say live and let die". 

5. The Living Daylights - A-ha
Do Filme 007 - Marcado Para Morrer

A formula de 007 já estava bem cansativa quando esse filme foi lançado, e Timothy Dalton não se deu muito bem com os fãs, apesar de eu achar ele incrivelmente normal no papel (acho que esse é justamente o problema, ele não tem muito carisma), o filme também é bem mediano.

Já música do A-ha é um clássico dos anos 80, e é sem dúvidas a melhor coisa do filme, mas na verdade, essa música tem um outro significado bem mais complexo para mim. Então, essa música é bem grudante, e ela ficou grudada na minha cabeça, e digamos que houve um momento onde eu passei por uma grande decepção amorosa, e essa música estava tocando repetidamente em minha cabeça quando o momento aconteceu, então eu sempre me lembro disso ao invés do filme.

Se bem que o trecho "Set up my hopes way too high, The living's is on the way we die" combinou bastante com o momento.

A música da derrota do Érick


Melhor trecho: Já mencionado acima.


4. A View to A Kill - Duran Duran
Do filme 007 Na Mira dos Assassinos

Apesar do filme ser o pior de Roger Moore junto com Octopussy, a música tema é bem icônica, e muitos duvidaram da qualidade da faixa, afinal, Duran Duran era visto como uma Boy Band nos anos 80, mas eles conseguiram muito bem capturar a vibe de 007, com todas as convenções musicais dos anos 80, é claro. O sucesso foi tanto que essa foi a primeira música baseada no agente que chegou ao topo da Billboard em 1985 nos EUA.

Verdade seja dita, eu adoro Duran Duran, acho que é uma ótima banda pop, com algumas letras surpreendentemente inteligentes, como a de Save a Prayer e Ordinary World, já essa é bem exagerada, bem como os filmes de Bond eram na época, de qualquer forma, A View to A Kill é uma das primeiras que vem a minha cabeça quando eu penso em James Bond.


Melhor trecho: "Dance into the fire, That fatal kiss is all we need, Dance into the fire, That fatal sound of broken dreams, Dance into the fire, When all we see, Is the view to a kill"

3. Goldfinger - Shirley Bassey

Em qualquer outra lista, essa música sem dúvidas estaria em primeiro lugar, por ser tão icônica, foi o primeiro tema real com o estilo de abertura que durou por uns 50 anos, From Russia with Love foi tecnicamente a primeira música composta para um filme de Bond, mas essa apenas tocava no fim do filme, já Goldfinger começou essa tradição da abertura com a música composta.

Sem falar que o filme em si é o melhor da era Sean Connery junto com 007 Contra Moscou, e a letra é baseada no icônico vilão do filme, que em minha opinião é o segundo melhor vilão de toda série, pois ele naquela época já quebrava os clichês que veríamos por tantos anos seguidos, no clássico diálogo:

007: Você espera que eu fale?
Goldfinger: Não, senhor Bond, eu espero que você morra!



Melhor Trecho: ''He's the man, The man with the Midas touch"

2. The World is Not Enough - Garbage

A escolha mais estranha da lista, pois eu raramente vejo esta música em qualquer lista de melhores, alguns até colocam como uma das piores, mas como a lista é baseada em minha opinião, e eu sou um grande fã da banda Garbage, ela tinha que estar aqui.

Eu até entendo a estranheza, Garbage não é a primeira coisa que vem a mente quando se fala sobre 007, mas a música é ótima para o agente nos anos 90, tem toda vibe alternativa tão comum das bandas na época, com o instrumental clássico, sem falar da letra melodramática e épica, que faz você se sentir como um vilão da série, o nome da música é "o mundo não é o bastante", o quão épico é isso?

É sério, se um dia eu dominasse o mundo, essa seria minha música favorita de todos os tempos.


Melhor trecho: "I feel sick, I feel scared, I feel ready, And yet unprepared"


1. You Know my Name - Cornell, Chris Cornell
Do filme 007: Cassino Royale

Bem, tem um grande motivo para isso estar em primeiro lugar, lá vem história:

Em 2006, ano em que o filme Cassino Royale foi lançado, os meus gostos musicais eram bem restritos, eu ouvia os que os meus pais ouviam, o que era basicamente flashback anos 70 (disco), anos 80 (pop) e baladas sertanejas, e eu adorava, pois era o que eu conhecia na época, até que um dia meu pai alugou o tal filme e eu não quis assistir porque todos filmes de James Bond tinha cenas "de bobagem", como meus pais diziam, ou seja, sexo.

Mas mesmo assim, eu fui assistir o filme, e após uma cena inicial bem violenta, essa faixa maravilhosa toca a todo volume e eu fico fascinado, eu já gostava um pouco de rock, mas foi essa faixa que começou tudo, tanto que por anos essa foi minha música favorita de todos os tempos, eu amei a energia, a voz de Cornell (que é um dos meus cantores favoritos), a abertura, a letra, tudo sobre a música.

E o próprio filme para mim é sem dúvidas o melhor de toda série, a atuação, direção, roteiro, as cenas de ação são inacreditáveis (veja a cena de perseguição de Parkour, é uma das melhores de todos os tempos), eu amo tudo sobre esse filme. O personagem era mais real, Daniel Craig calou a boca de todo mundo no papel, em uma performance com charme, agressividade e humanidade, o vilão apesar de seguir os clichês clássicos (deformação), era humano, você entendia as motivações dele, e eram motivações mais realistas do que conquistar o mundo, ou usar um laser para destruiu coisas, a Bond Girl era mais que um objeto sexual, tanto que Bond até chega a se apaixonar (e quem não se apaixonaria por Eva Green), até o destino trágico dela formar o caráter do agente e o transformar no 007 que todos conhecemos.

Cassino Royale definiu o personagem para mim, foi aqui que eu fui atrás para ver os outros filmes anteriores, e é o motivo de eu sempre estar no cinema toda vez que um filme novo lançar, porque mesmo que o filme seja ruim, vai ser divertido, pois é 007, e talvez um dia teremos um novo filme que seja tão bom quanto.

Eu vou dizer, Cassino Royale está no meu Top 20 filmes da vida, pois não apenas definiu o personagem, o filme também me definiu um pouco.


Melhor trecho:  "The coldest blood runs through my veins, You know my name"


Menções honrosas:

Thunderball - Tom Jones
Do filme 007 Contra a Chantagem Atômica

Nada nessa música faz sentido, mas é o fuckin' Tom Jones, é a definição de épico, apesar de eu lembrar mais de Duck Dodgers do que de 007 quando eu escuto isso.


Nobody Does it Better - Carly Simon
Do filme 007 - O Espião Que Me Amava

Eu não sou um grande desse tipo de tema, mais romântico e dramático, mas essa música é bem decente, é bem melhor que o sonífero All Time High de Octopussy, e é do melhor filme de Roger Moore como o agente, que pra falar a verdade, é mais um filme de aventura que de espião, mas funciona bem, a Bond Girl do filme é uma das melhores de toda série também, e como o nome evidencia, foi uma das únicas três vezes onde Bond realmente se apaixonou.


Surrender - K. D. Lang 
Não usada no filme 007 - O Amanhã Nunca Morre



Conhecida como o melhor tema de Bond que nunca foi usado, e nunca entenderemos porque, essa música é um tema perfeito para o agente, há uma coleção inteira de temas rejeitados, mas esse é sem dúvidas o melhor.

Se bem que...

Tomorrow Never Dies - Sheryl Crow
Tema usado em 007 - O Amanhã Nunca Morre

Não é uma música ruim, mas por mais que eu goste da senhorita Crow, é inegável que ela não tem voz o suficiente para um tema de Bond, então parece que ela está tentando atingir algo que ela não consegue.



Tema alternativo de 007 - A Serviço Secreto de Sua Majestade

O filme mais estranho de toda série, o único com George Lazenby no papel de Bond, eu sinceramente acho ele bastante subestimado, é o filme mais longo da série e muitos dizem ser o mais chato, pois há um certo drama colocado nele, que eu gosto, pois foi o primeiro filme a tentar humanizar o agente, apesar de Lazenby não ter sido tão bem sucedido nisso.

Mas há coisas muito boas,  Diana Rigg como Tracy "Bond" (sim, ele se casa no final do filme) é a minha Bond Girl favorita junto com Eva Green em Casino Royale, as cenas de ação são muito boas, e um fato curioso é que esse é um dos filmes favoritos do famoso diretor Christopher Nolan, tem uma sequência de ação inteira em A Origem (2010) em homenagem a esse filme.

De qualquer forma, esse tema alternativo foi feito para substituir o clássico tema, é óbvio que não funcionou, pois o tema original é imbatível, mas esse tema, também composto por John Barry,  é decente.


We Have All The Time In The World - Louis Armstrong 
Também do filme 007 - A Serviço Secreto de Sua Majestade

Muita gente conhece essa música, mas não faz a mínima ideia que ela foi composta para esse filme, não há muito o que dizer, é Louis Armstrong, não precisa explicar o porquê é um clássico.


Mas então, considerações finais, tem os temas que eu considero os piores, mas não quero colocar o vídeo de cada um, então eu só vou mencionar:

Lulu - The Man With the Golden Gun 

Porque parece um Karaokê dando muito errado, e originalmente a lenda viva Alice Cooper iria compor o tema, mas foi rejeitado.

Die Another Die - Madonna

Madonna já foi muito mais competente que isso, ela preferiu copiar outras artistas da época ao fazer esse tema cheio de auto-tune, o resultado não deu muito certo.

Another Way to Die - Jack White e Alicia Keys

Parece que foi gravado numa garagem, apesar de ambos serem talentosos, é visível que há pouco esforço colocado aqui.


Sobre o novo tema, Writing's on The Wall de Sam Smith, eu não gosto muito de Smith, e minha primeira impressão foi bem fraca, pois Skyfall tinha sido um sucesso monstruoso na época e era muito difícil superar, mas após ouvir várias vezes, eu entendo, esse Bond parece ser mais trágico na linha de A Serviço Secreto de Sua Majestade (mas eu posso estar errado, eu ainda não vi Spectre), é uma ótima música triste, mas é um Bond no mínimo decente, a música nunca cresce, eu esperava um ápice, e não tem.


Minhas recomendações para os próximos temas seriam os seguintes:

Florence Welch: Florence tem uma voz poderosa, e já fez músicas bem épicas, muitos dizem que Lana Del Rey deveria fazer um tema, mas acho que Lana faria algo mais na linha depressiva, enquanto Florence faria algo muito mais grande.


Michael Bublé: Bublé geralmente faz músicas bem chatas, mas ele mostrou com Cry Me a River que ele pode fazer um bom tema de James Bond.


Muse: A banda já mostrou com Supremacy uma grande homenagem ao tema de James Bond, tanto que eu até me pergunto se isso não é um tema rejeitado de Skyfall.


Josh Homme: Pra falar a verdade, eu não faço ideia do porquê de Homme vir a minha cabeça quando se trata de temas de James Bond, nenhuma música que ele fez lembra o tema da série, mas tem algo muito Bond nele, e aparentemente, eu não sou o único que vê isso.


sábado, 31 de outubro de 2015

Especial Halloween: filmes que eu assisti esse mês
Parte 2

Aventureiros do Bairro Proibido (1986)
Dirigido por John Carpenter


Esse filme pra mim é a definição pura dos anos 80, é idiota, risível, divertido e inesquecível, e provavelmente é responsável pelo meu gosto por filmes trash, pois eu me lembro muito bem de ter visto esse filme quando criança na Sessão da Tarde em 2005 (deve ter sido a última vez que passaram), e ter total conhecimento de que o filme era tosco, mas mesmo assim eu estava amando cada minuto.

Heróis de verdade não tem tempo pra limpar o batom dos beijos de suas amadas

O filme é meio que uma paródia de filmes B de Kung Fu, com magia, monstros mal-feitos e Kurt Russel pra acrescentar o show. Na trama, o caminhoneiro Jack Burton se encontra numa aventura no meio de Chinatown, onde ele enfrenta um feiticeiro antigo que sequestra a noiva de um amigo chinês dele, porque ela é uma chinesa de olhos verdes e faz parte de uma profecia.

Uma caveira de neon, nada grita mais anos 80 do que isso

Toda a produção é bem trash, até pro nível de John Carpenter, mas considerando que os filmes dele tinham todos sido um fracasso de bilheteria (até o ótimo Enigma de Outro Mundo), eu não fico surpreso com o baixo orçamento, e isso dá um charme pro filme, tudo é exagerado, os clichês dos anos 80 estão em todo o lugar, os efeitos já eram datados na época. Mas o filme é estupidamente divertido, Russel faz o personagem mais carismático e engraçado de sua carreira, o vilão é uma diva chinesa típica desse estilo de filme (ele solta poderes até das suas unhas gigantes), o humor é muito bem feito, já as cenas de ação variam, algumas são muito boas, outras são bem toscas.

Gueixa ou imperatriz?

De qualquer forma, eu amo esse filme, é o meu favorito da combinação John Carpenter + Kurt Russel, porque apesar de todos os outros filmes dessa dupla serem bem legais (talvez Fuga de Los Angeles um pouco menos), esse é o que mais tem um espaço no meu coração.

Abismo do Medo (2005)
Dirigido por Neil Marshall

Poster animal inspirado na obra de Salvador Dali
Eu lembro de muita gente falando sobre esse filme em 2005, por ser um filme de terror bem efetivo com um conceito bem simples, a trama é de um grupo de garotas aventureiras, que após um acidente traumático, ficam um ano sem fazer nada,então elas se reúnem mais uma vez para explorar uma caverna, só que o caminho é bloqueado e elas ficam presas, como se isso já não fosse o suficiente, elas precisam enfrentar monstros dentro da caverna.


Abismo do Medo é um dos filmes mais claustrofóbicos já feitos, a escuridão e o pouco espaço reinam durante o filme todo, sempre causando um sentimento de incômodo. O filme é bem feminino também, só aparece um cara no inicio do filme, depois nós só vemos o grupo de mulheres, e eu fiquei surpreso em ver que todas elas eram bem duronas, é como se em Alien, todos os personagens fossem a Ripley, a personagem Juno (Natalie Mendoza) em específico dava mais medo que os monstros. As atrizes são muito boas, em algumas cenas o diretor não colocou no script que os monstros iriam aparecer, então as vezes os sustos que elas levam são totalmente reais.


 O roteiro é bem simples, mas é a competência do diretor Neil Marshall (que dirigiu os episódios de guerra em Game of Thrones, o nono episódio da segunda e da quarta temporada), que consegue muito bem fazer o espectador sentir frio nas cenas fora da caverna e sentir falta de ar nas cenas dentro da caverna, as cenas de terror são bem violentas e sangrentas, o que pode incomodar alguns,e os efeitos de gore foram muito bons.


Não tenho muito a reclamar, só em algumas cenas com um CG que envelheceu bem mal e alguns sustos bem baratos, já o final não me deixou tão surpreso assim, e lembro de muita gente ter dito que o final era muito bom, se você é acostumado com filme de terror, não é nenhuma surpresa. Eu também não o acho exatamente assustador, eu acho bem tenso, mas o filme faz o ótimo trabalho com o que tem.


Curiosidade: há uma parte no reboot de Tomb Raider (2013) que é uma homenagem a esse filme.


Canibais (2015)
Dirigido por Eli Roth



Eu tive o estômago suficiente, mas não há muito o que falar sobre esse filme, o nome diz tudo, é um filme sobre um grupo de ativistas que é capturado por uma tribo de canibais e são comidos vivos. Assim como uma critica que eu li no Rotten Tomatoes, eu não sei se a ideia do filme era ser uma comédia de humor negro ou se minhas risadas eram meu mecanismo de defesa psicológico contra toda a violência mostrada, apesar de até o humor ser bem fraco.


O filme é bem imbecil, as atuações são péssimas, o humor não funciona bem, por exemplo, tem uma cena onde um dos personagens coloca maconha num cadáver para deixar os canibais chapados pra poder fugir, e depois os canibais ficam com larica e comem o cara como zumbis. Os personagens, com exceção da mocinha e de um gordo negro que obviamente é o primeiro a morrer (por ser gordo e negro), todos os outros personagens são babacas e você meio que espera quando os canibais vão matar eles de uma vez, um personagem em especifico é o que mais merece morrer e ELE NÃO MORRE, o que só te deixa frustrado no final.


Ainda mais que o gordo maneiro morre de forma horrível, é a primeira cena de morte e é pra mostrar que o filme não está de brincadeira com a violência, eu não vou mostrar nenhuma imagem dele morrendo, mas eu vou dar uma dica, conhece o famoso ritual da Tortuguita? pois é, só trocar a Tortuguita pelo gordo.
E o final é um lixo absurdo obviamente feito para planejar sequências. Eu sei que o filme é uma homenagem aos filmes exploitation de canibais como o clássico italiano Holocausto Canibal, e ele dá exatamente isso no caso da violência, mas ele é imbecil demais pra assustar, e é brutal demais para ser engraçado, então só acaba sendo um experimento falho.

A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça (1999)
Dirigido por Tim Burton


Eu considero esse filme o irmão de A Múmia de 1999, pode parecer uma comparação idiota, mas ao analisar bem, eles tem duas coisas em comum. Primeiro é a época, ambos foram lançados em 1999, segundo, ambos não foram muito bem de critica, isso porque muitos entenderam errado o tom dos filmes, eles são bem idiotas, com muito mais humor do que o terror, mas ambos divertem.

Na atmosfera de Halloween 

O visual e atmosfera do filme são perfeitos, Tim Burton sabe melhor do que ninguém como fazer visuais de horror gótico, o filme tem um elenco bem conhecido, com Johnny Depp, Christina Ricci, Michael Gambon (o segundo Dumbledore da série Harry Potter) e o melhor uso (ou desuso se preferir) do talento de Christopher Walken, ele faz o papel do Cavaleiro com a cabeça, e ele só faz caretas e grita para a câmera em todas as cenas que ele aparece.

Vamos chamar um ator renomado só para fazer ele grunhir em todas suas cenas?

O roteiro é bem fraco, tem pouquíssimos elementos da história original, eu recomendaria assistir ao original da Disney para ver uma adaptação melhor da lenda, mas o fator que muitos não notaram é que esse filme é uma homenagem aos clássicos filmes da Hammer, uma produtora dos anos 50,60 e 70 responsáveis por vários remakes de clássicos do terror, como Drácula, Frankestein e A Múmia, e é de onde atores lendários como Christopher Lee e Peter Cushing vieram.

Parece tinta, mas é só sangue mesmo

É só ver pelo humor do filme, ou até o exagero no sangue (que é mais vermelho que tinta, tanto aqui quanto nos filmes da Hammer) pra notar as homenagens ao estúdio, do qual Burton se inspirou muito em sua carreira. A primeira vez que eu vi o filme, eu não tinha gostado muito exatamente por achar ele bobo, foi quando eu vi uma análise do Nostalgia Critic sobre o tom do filme, que eu olhei com outros olhos e acabei me divertindo bastante.

Paranorman (2012)
Dirigido por Chris Butler e Sam Fell


Como último do filme do mês, para comemorar de certa forma o Halloween (pois de todo o resto não tem como aqui no Brasil, só resta ver filmes de terror mesmo), eu escolhi Paranorman, uma animação do mesmo estúdio de Coraline, eu escolhi porque esse filme é a mistura perfeita de humor, terror e até drama, o que o faz ótimo para terminar o mês do terror.

Minha cara durante todo o ensino médio

A história é bem parecida com o Sexto Sentido, um garoto chamado Norman consegue falar com os mortos, e ele é o único capaz de liberar sua cidade de uma maldição de uma bruxa. A animação é ótima, mas isso é o mínimo que se espera do mesmo estúdio de Coraline, o que realmente me conquista nesse filme é que ele é uma iniciação para uma nova geração com o gênero de terror, ele homenageia vários estilos diferentes, você tem zumbis, bruxas e fantasmas no mesmo filme,


E assim como todo bom filme de terror, Paranorman têm suas camadas, ele mostra que os verdadeiros monstros são as pessoas, há uma cena genial e hilária onde os zumbis ficam assustados ao ver o modo como as pessoas agem, e essas pessoas são as primeiras a atacarem, há também uma história muito triste sobre a bruxa acusada injustamente pelo grupo religioso da cidade, isso é algo bem único em um filme infantil, são assuntos bem adultos, e sinceramente, eu acho ótimo que crianças já tenham uma ideia desses assuntos, há até um personagem que se revela gay no final do filme, e tudo é entendido como totalmente normal, exatamente do modo como deveria ser.

Você não esperava chorar nesse filme, mas você vai

Eu considero Paranorman um novo clássico de Halloween, por ser um filme corajoso voltado ao público infantil, mostrando assuntos adultos, mas com o humor e diversão de um filme para crianças.

Alias, o trailer desse filme é o meu trailer favorito desde 2012 até hoje.

 
"Você não se torna um herói por ser normal"

Bem, esse é o fim do artigo, esse foi um mês divertido, apesar que teve vários filmes que eu tive que deixar de fora, e que eu realmente queria citar, como Suspiria e Um Drink no Inferno, mas não tive tempo para assistir e escrever algo sobre, provavelmente no próximo outubro, ou durante o ano de 2016, eu falo sobre eles.

De qualquer forma, sobre não acontecer Halloween aqui no Brasil, e ao invés disso termos mais um dia chato e monótono, eu na verdade gostaria de um dia realmente especial, sendo da nossa cultura e folclore mesmo, é teoricamente Dia do Saci , mas você não vê ninguém mencionando isso de modo algum, eu quero ver gente vestidas de Saci, Boitatá e Curupira pedindo balas e pirulitos em casas, é claro que nossa politica e violência já são bem assustadoras, e vamos admitir, medo só é divertido quando não há nenhum perigo real, mas eu adoraria um dia de fantasia, onde tivesse lugar para doces ou travessuras, algo inocente, envolto em névoa, mistério, fantasias e sangue falso.

 

sábado, 24 de outubro de 2015

Resenha de Silent Hill: Revelations Ressurrection Retribution Evolution 2000 3D
Parte 1 (eu não tive saco pra ver de uma vez só)


Vamos copiar até o poster do primeiro filme, porque não estamos nem tentando ser criativos mais.

Você deve estar se perguntando o quê diabos eu escrevi no titulo? isso é uma paródia aos títulos genéricos de sequências de filmes de terror, ou seja: Revelação, Ressurreição, Evolution, qualquer subtítulo que entregue que o filme é ruim.

O primeiro filme, chamado apenas de Terror em Silent Hill, foi um ótima adaptação dos games, mas não foi exatamente um filmaço, eu diria que ele é mediano, têm ótimos visuais que o diretor francês Christopher Gans (Pacto dos Lobos) é conhecido por fazer (apesar dos roteiros nunca serem nenhum primor) e boas atuações, e o modo como algumas características dos games foram apresentadas no filme funcionaram bem.

Porém, o roteiro de Roger Avary (co-roteirista de Pulp Fiction, que cortou contato com Tarantino por alegar que ele roubava suas ideais, o que eu não duvido nem um pouco), apesar de fiel aos jogos, merecia um pouco mais de cuidado com alguns pontos da trama, muitas coisas no filme acontecem sem nenhuma razão, por que diabos a personagem principal levaria a filha para Silent Hill? eu sei que a criança gritava o nome da cidade enquanto estava sonâmbula, mas não dava pra levar ela à uma psiquiatra? A maioria dos monstros fazem sentido no jogo (pois são manifestações do psicológico dos personagens), mas no filme eles estão ali apenas por estar mesmo.

Ao pesquisar mais sobre o filme, eu descobri que esse é um dos filmes que o público gostou mas os críticos odiaram, fiquei surpreso em ver o contraste no Rotten Tomatoes (site de criticas) entre a nota dos críticos e do público. E muitos conhecidos meus disseram estar bem empolgados com a sequência porque diziam ter gostado bastante do primeiro filme, e isso de gente que nem sabe que o filme é baseado num jogo.


Eu me pergunto se ele pode ser considerado um filme cult, afinal, muitos filmes foram destruídos pela critica e ganharam vários fãs depois, e ele foi um filme bem diferente do que tínhamos na época no gênero, então acho que é por isso que ele é lembrado pelo público.

Foi uma ótima ideia contratar dançarinos para fazerem os monstros, pois quem jogou sabe que os monstros de SH têm movimentos bem peculiares, apesar do CG do filme ter envelhecido um pouco mal, ele ainda tem cenas bem assustadoras, como aquela cena do banheiro:


Eu pessoalmente acho que os dois primeiros terços do filme são muito bons, pois eles preferem fazer um terror mais psicológico, focando mais no suspense, mas o terceiro ato se transforma num terror visceral e grotesco que já estou cansado de ver. Eu gostei bastante da decisão de manter as músicas do jogo no filme e não tenho nada a reclamar do casting desse filme, acho que todos os atores fizeram um bom trabalho.

Pra falar a verdade, Terror em Silent Hill foi o primeiro filme de terror que eu vi na vida, eu era um cagão foda e esse filme me deixou com pesadelos pelo menos por uma semana, então ele tem um grande valor nostálgico para mim, e foi por causa dele que me interessei nos games, então minha nota seria um 8/10 hoje, apesar de eu ver que ele tem alguns problemas, eu devo muito a esse filme.

O filme fez uma bilheteria decente, estreando em primeiro lugar nos States, custou 50 milhões e faturou 46 milhões nos EUA e 97 milhões pelo mundo. Então uma sequência logo viria, certo?

Errado, demorou cinco anos até termos a sequência do filme, o filme foi bom? Olha, se fosse, eu não estaria fazendo esse artigo agora.

Então, Roger Avary estava começando a escrever o roteiro da sequência até que um dia ele resolveu beber e dirigir, ele causou um acidente onde uma pessoa morreu e acho que ele está preso até hoje.

Pois é.

Então em 2010 a Konami anuncia que o diretor Michael J. Bassett foi contratado para dirigir e escrever a tão esperada sequência. Eu na época desanimei bonito, pois o tal Michael foi diretor daquele "ótimo" filme Solomon Kane, também conhecido não oficialmente como Van Helsing 2.

Pois é.

Mas ao ver o casting do filme, comecei a ter fé no projeto, Carrie Anne-Moss (a Trinity do Matrix), Sean Bean reprisando o papel do primeiro, Malcolm Mcdowell (o Alex de Laranja Mecânica) e Kit Harrington (o Jon Snow de GOT), pensei que talvez esse filme pudesse ser bom.

Então ele estreou em 2012 nos States (e um ano depois no Brasil, deixando muita gente puta da cara), e esse nem o público quis salvar.


Então ei irei fazer uma resenha comentada sobre o filme inteiro, pra vocês verem o que tem de errado nesse filme.

O filme começa com uma garota loira correndo num parque de diversões macabro, num filtro que obviamente confirma que isso é um sonho.


É assim que o jogo começa também, é muito melhor construído lá, mas mesmo assim, pelo menos o filme está seguindo os acontecimentos do jogo, certo?


Errado! quem diabos são esses caras? e por que estão usando tantos cintos? isso só faz vocês parecerem idiotas. De qualquer forma, ela continua correndo e se esconde.



Peraí, aquele coelho da Duracell ali atrás era pra ser o Robbie The Rabbit? Não, não pode ser, eu quero dizer, olha só o do jogo, e me diga, qual dá mais medo?


Isso é um jogo digital da era PS2 e mesmo assim é muito mais efetivo que a versão live action.

E como todo filme de terror ruim, é claro que nós temos um susto barato.


Ela continua correndo até chegar num carrossel, que é comandado pelo gente boa Pyramid Head, que estava ali para divertir as crianças que queriam andar no brinquedo.


A garota cai no chão e os cavalinhos se tornam sadomasoquistas por alguma razão.


Ela olha para cima e vê... uma versão emo gótica dela mesma!

 CRAWLING IN MY SKIN, THESE WOUNDS THEY WILL NOT HEAL

A gótica então queima todos os idiotas dos cintos com seus poderes, e então queima a garota com um CG de fogo muito mal feito.


Okay, vamos parar pra pensar por um minuto, esses foram apenas três minutos do filme, e eu já tive tudo isso pra reclamar, essa resenha vai ser longa.

 A garota acorda aos gritos e seu pai Sean Bean vai ver o que está acontecendo.

Tive um pesadelo horrível onde fui morta por um CG tosco

Fica aparente que a garota já teve pesadelos parecidos antes, e ela diz que estão chamando ela para um lugar, e Sean Bean diz que ela não deve ir nesse lugar nunca, mas então...


Uau! Sean Bean morre em menos de 4 minutos, isso é um recorde até mesmo para o ator, reparem no monstro tosco rejeitado de Hellraiser e no efeito ruim que mais parece um repolho partido ao meio do que carne.


Ah não! era apenas o clichê de filmes de terror do sonho dentro do sonho, toca o tema de Inception pra essa cena.


Na cena do café da manhã, descobrimos que o nome da garota é Heather, e o nome do pai era Christoph, mas ele mudou para Harry (uma referência bem idiota ao primeiro jogo), ele dá um presente para ela, pois é o aniversário de 18 anos dela.


O presente é o colete branco que ela usa no jogo, o que foi até uma referência legal.

A Heather original

Um dos problemas desse filme é que Sean Bean não parece tão velho assim, então ele e a atriz que faz a Heather parecem mais um casal do que pai e filha, o que é provavelmente a coisa mais assustadora desse filme.


Descobrimos também que eles já se mudaram várias vezes, mas não dizem o porquê. Depois, Sean Bean abre uma caixa com a Auréola do Sol (que eu já expliquei no mês especial de Silent Hill em fevereiro) e pega um retrato que faz ligação direta com o primeiro filme.


Ele então vê sua esposa através do espelho, e depois vê sua filha no sofá, e obviamente não deve ser a mesma atriz, já que o primeiro filme é de 2006 e ela deve estar bem mais crescida agora, ela deixa cair um medalhão da mão e some.


Vemos Heather indo para a escola, ela vê um mendigo e...


APARECE UMA BUNDA NA CARA DELE!

Ela quase é atropelada, e um detetive muito suspeito aparece do nada, ele começa a perguntar coisas mas ela vai embora sem responder.

Também, com um pedófilo em potencial desses

Esse personagem é Douglas, ele também aparece ser um vilão de inicio, mas ele te ajuda ao decorrer do jogo, e tem grande participação na história.

O original, e superior

Então vamos até a escola típica de alunos com 30 anos que vemos em vários filmes americanos, onde Heather precisa se apresentar.


Os alunos também são os clichês caminhantes de bullies que zoam o aluno novo sem nenhuma razão, apesar dela ser bem bonita, ela faz um discurso de não sou tuas nega, e ela chama a atenção de Jon Snow, que parece muito trouxa sem a barba, a espada e as vestes negras.

Pão de Batataaa

Ela anda pela escola, até que percebe que está tudo vazio, ela começa a ouvir crianças gritando "queimem a bruxa" e vai investigar, ela vê as mesmas crianças das cenas de flashback do primeiro filme e tudo fica escuro, quando a luz liga de novo, tudo está destruído e decrépito.


Ela avista um monstro no fundo do corredor, é o Lying Figure de Silent Hill 2, no primeiro filme esse monstro era muito bem feito, nesse ele só parece um cara envolto numa camisinha gigante.


Ela anda para trás e esbarra no Jon Snow, que tenta jogar charminho nela, mas ele esquece que ele parece um idiota fora de Game of Thrones.


E do lado de fora do colégio, o creepy stalker Douglas observa Heather.


Heather liga para o pai e diz que está sendo seguida,Sean Bean pede para ela encontrar com ele no Shopping Center, mas ele é capturado por um vulto.

Diretor: Sr. Bean, faça cara de assustado.
Sean Bean: Deeerp

Enquanto Heather está no Shopping, ela vê uma festa de aniversário acontecendo ali, e o nome da aniversariante também é Heather, até que vê um balão que vira e mostra "Feliz Aniversário Alessa".


Ela fecha os olhos, e quando abre de novo, a câmera adiciona mais um filtro tosco, e ela vê as crianças comendo carne e com sangue na boca.


Douglas aparece de novo e Heather foge e pede ajuda para um guarda.


Meu Deus! de todos os filmes que vocês poderiam referenciar, todas as grandes obras de terror como O Iluminado e Alucinações do Passado, que inspiraram a franquia e foram tão bem respeitados nesses games, o filme que vocês escolheram foi Smiley!


Se bem que, vamos admitir, um filme lixo referenciando outro filme lixo é bem justo.

Só um momento antes de realmente começarmos, é a partir desse ponto que a coisa fica pessoal, o filme já era ruim o suficiente até agora, mas é aqui que começa o meu ódio mortal, eu preciso fazer uma confissão antes.



Se lembram como a franquia Silent Hill nos videogames era tão única? por mostrar terror de uma forma inteligente, sutil e envolvente, as vezes mal mostrando sangue, pregando a sugestão, e nunca insultando a inteligência do jogador, usando o terror psicológico para mostrar a história, o drama dos personagens, até uma certa mensagem de esperança nesse mundo terrível e surreal? O quão incrível foi quando descobrimos que Silent Hill 2 era mais uma alegoria para a depressão do que uma história de terror?

Senão, eu sugiro que leia meus artigos de fevereiro, onde eu mostro a razão de eu amar essa série tanto.

Eu sei, não deve significar muito para você que está lendo, mas isso significa muito para mim, Silent Hill 2 mudou minhas concepções para a ideia de videogames como uma forma de arte, pois havia tanto sentimento, emoção e esforço colocado lá, que não havia como ver essa mídia apenas como uma forma de diversão, era algo mais. Eu não me considero lá a pessoa mais feliz do mundo, e todas as vezes que eu estou triste, eu volto para Silent Hill 2, pois nesse ponto, eu já não acho mais assustador, eu acho relaxante, como uma forma de enfrentar meus problemas.

Esse é o meu conceito de terror, não é que eu não tenho medo, eu tenho, mas eu não posso deixar isso me impedir de continuar, por isso eu amo jogos de terror, eu gosto de olhar para trás e ver que eu consegui vencer tudo aquilo, mesmo que no conforto de minha casa.

Mas esqueça tudo isso, deve ter dito o produtor, o que realmente assusta as pessoas hoje é sangue, tripas e monstros deformados! É isso que os fãs querem ver, dane-se o roteiro, os personagens, a construção perfeita do medo que vimos nos quatro primeiros jogos, o que eles querem é ficar chocados, façam sustos baratos a cada cinco minutos, e em 3D, pra vender melhor o filme.

Ver que muitas pessoas vão lembrar desse filme quando Silent Hill for citado, ao invés dos games, me deixa muito irritado.

Continuando, Heather entra numa porta e se depara com um monstro deformado tirando a pele de um cara e colocando pra assar.


Uau! que criatividade! estou tão chocado ... zzz ...

Quer saber, 20 minutos de filme e eu já estou cansado, então eu vou continuar depois em quantas partes forem necessárias até eu chegar no fim dessa perda de tempo.

Até lá, eu vou ter filmes bem melhores para assistir na continuação do artigo de Halloween.