segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

O Trabalho de: Christopher Nolan

Olá Pessoal!

Hoje, começando mais uma nova linha de artigos, eu farei analises sobre o trabalho de algum artista que eu admiro (ou não), hoje escolhi o diretor britânico Christopher Nolan, por conta da estreia do filme Interestelar, que já estreou faz algum tempo, mas resolvi esperar um pouco para analisá-lo até eu ter uma opinião concreta sobre o filme.

Christopher Nolan nasceu em 30 de julho de 1970, em Londres. Seus filmes geralmente apresentam uma narrativa não-linear (Batman Begins, Amnésia, entre outros), os roteiros bem cerebrais e explicativos também são característica do diretor.

Ele começou fazendo filmes independentes, até ser chamado para dirigir a nova trilogia do Batman, onde consegui maior reconhecimento, tendo maiores orçamentos para seus projetos mais pessoais, como A Origem.

O quão bom esse diretor é? Bem, atualmente três filmes dele estão no top 20 do Imdb de maiores notas do site.

E sem mais delongas, o trabalho de Christopher Nolan, em minha visão:

Doodledug (1997)



Apenas um curta de 3 minutos, mas que mostra bastante do estilo e da atmosfera dos filmes do Nolan, todos seus filmes são enigmáticos.

Following (1998)



Following  conta a história de um jovem escritor desempregado (o filme nunca cita seu nome) que segue pessoas aleatoriamente pela rua em busca de material para suas histórias. Um dia, ele é pego por um homem chamado Cobb que nota que está sendo perseguido, mas Cobb também tem costumes estranhos, ele arromba casas e rouba objetos de valor sentimental das pessoas, como retratos, cds de música e diários.

 Os dois acabam se unindo e se envolvem num roubo maior, que acabará causando grandes problemas.

Esse filme já mostra as típicas características do Nolan, a narrativa não linear, o roteiro complexo e diálogos inteligentes e reflexivos, por exemplo: Cobb diz que rouba objetos de valor sentimental porque as pessoas apenas sabem o que tinham quando as perdem. 

Eu recomendo esse filme, não é obrigatório, mas é uma boa introdução do estilo que veremos a frente, puro suspense com um roteiro cerebral e um final surpreendente. Também é um filme curtíssimo, tem apenas 1 hora de duração (60 minutos exatos), mas o que ocorre no filme é tão complexo que ele parece muito mais longo.

Nolan recebeu elogios por esse trabalho em festivais de cinema, mas dificilmente conseguiu visibilidade no Mainstream, o filme custou apenas 6.000 doláres e faturou 41.000, apesar de pouco lucro, Nolan já foi considerado uma das novas promessas do mundo cinematográfico.
Tanto que ele conseguiu dinheiro para seu próximo filme  com doações do público do Hong Kong Film Festival.


Nota: 8/10

Amnésia (2000)
Título original: Memento



Amnésia é considerado por vários críticos a obra prima de Christopher Nolan, sem dúvidas uma das ideias mais interessantes já colocadas em um filme.

O filme se passa de trás para frente. Ele começa no final e termina no que seria o começo, então nada faz sentido inicialmente, mas o filme mostra tudo o que levou até aquele ponto, a grande revelação do filme está no começo do filme.

O filme conta a história de Leonard, um homem com problemas de memória (que não é amnésia, mas algum imbecil das traduções não deve ter visto o filme e colocou isso mesmo) que teve a esposa assassinada, ele tenta encontrar o assassino mesmo com sua condição (ele não consegue lembrar-se de memoria novas), tatuando seu corpo com informações importantes que podem  leva-lo até o homem que matou sua esposa.

A narrativa totalmente irregular ajuda a fazer o espectador se sentir como o personagem principal, mas ao final (ou começo) temos uma visão do que realmente aconteceu. Muitos consideram os filmes do Nolan difíceis de entender, eu discordo, considero apenas esse realmente realmente complicado. Considero os outros filmes dele bem mais acessíveis.

Amnésia foi indicado a Oscar de Montagem e de Roteiro, mas perdeu por razões inexplicáveis (Falcão Negro em Perigo, sério?)



Nota: 9,5/10

Insônia (2002)
Título Original: Insomnia



Após o elogiadíssimo Amnésia, Nolan dirigiu esse remake de um filme norueguês homônimo, e tenho que admitir que o filme nem parece dele.

Nesse filme, dois detetives americanos vão investigar um assassinato numa cidade pequena no Alasca em uma época do ano onde o sol não se põe, durante uma perseguição, um dos detetives acaba atirando e matando o outro por acidente (ele confundiu com o assassino), então ele (Interpretado por Al Pacino) deve encontrar o assassino e encobrir a morte do parceiro. Ele sofre de insônia pela constante luz do dia e é atormentado pelo erro que cometeu.

O filme tem uma história interessante, ótimas atuações de Al Pacino e do recém-falecido Robin Williams como o psicopata da trama, o roteiro conta com diálogos reflexivos e inteligentes. É um bom filme, mas dá a impressão de que qualquer outro diretor poderia ter dirigido da mesma forma, então parece que Nolan não contribuiu muito no final, fazendo deste o filme mais fraco de sua carreira.


Nota: 6,5/10

Batman Begins (2005)

                                              

Nolan foi chamado para dar uma nova visão na franquia do Batman, após aquela catástrofe em forma de película chamada Batman & Robin quase enterrar o homem morcego para sempre. Begins hoje não é um filme muito bom, mas na época em que foi lançado ele foi considerado por muitos o melhor filme de super-herói de todos os tempos.

Sem dúvidas foi um filme revolucionário, muitas adaptações hoje que tentam seguir um caminho mais realista e dark são rotulados como algo parecido a Batman Begins. Mas atualmente eu acho que esse filme tem certas falhas, os dois primeiros atos do filme são muito bons, mas o terceiro ato é bem morno e meio que perdeu a linha, o que é estranho, pois deveria ser o ápice da ação do filme.

Acredito que todo mundo já tenha visto o filme, então eu não preciso colocar a sinopse. Pô, quem não conhece o Batman?



Nota: 7,5/10



O Grande Truque (2006)
Título Original: The Prestige

Quando lançado, O Grande Truque foi alvo da piadinha mais obvia que se podia fazer na época, Wolverine vs. Batman, por conta dos principais atores, Hugh Jackman e Christian Bale.

O problema de analisar os filmes do Nolan, é que qualquer sinopse já é um spoiler. Pra dar uma mega resumida, Dois mágicos companheiros do final do século 19 se separam após um acidente de trabalho, os dois então começam um jogo de rivalidades que começa a ficar perigoso e mortal. Tudo em busca de maior prestigio da plateia.

Eu posso lhe dizer que Nolan nos entrega outra obra prima do thriller moderno, eu pensava que um filme de suspense sobre mágicos não funcionaria, mas ele conseguiu fazer a história ser bem realista (o que é inacreditável, sabendo do final do filme). Ambas as atuações de Bale e Jackman estão soberbas, ambos atuando como completos obcecados a derrubar um ao outro. E o final é fantástico, literalmente.

O Grande Truque era um livro antes, e originalmente Sam Mendes (de Beleza Americana) iria dirigir a adaptação, mas alguém  mostrou ao autor do livro o filme Following, e o autor imediatamente pediu que Nolan dirigisse o filme. Pois o estilo do diretor combinava perfeitamente com sua obra.

A película também é uma bela metáfora ao espetáculo, tudo que o artista faz é pelo o apreço da plateia, como o personagem de Jackman diz: “são aqueles rostos, e os aplausos”, o prestígio (nome em inglês do filme) da plateia é viciante, e alguns matariam por isso.

E as últimas palavras do filme não falam apenas com a obra, ela fala conosco, a plateia do cinema:
“Vocês estão aqui para serem enganados”



Nota: 10/10

Batman: O Cavaleiro das Trevas (2008)
Título Original: The Dark Knight



Provavelmente a obra mais famosa de Christopher Nolan, The Dark Knight dispensa apresentações e elogios, o roteiro ousou ser diferente de outros filmes baseados em HQ e funcionou perfeitamente. Se você tirar o fator super herói do filme, ele ainda funciona como um thriller policial fantástico. A história apresenta uma visão urbana e violenta, e um dos maiores vilões modernos da história cinematográfica, apesar de alguns descrentes pré-lançamento do filme (algo similar está acontecendo agora com Jared Leto), o falecido Heath Ledger apresenta um dos melhores Coringas já adaptados em outras mídias, com profundidade psicológica e mostrando um personagem realmente assustador.

O filme é um exemplo em adaptações, pois ele mistura duas HQs icônicas do personagem, O Longo Dia das Bruxas (Harvey Dent se tornar um vilão após um acidente traumático) e A Piada Mortal (Coringa quer provar que qualquer pessoa pode se tornar louca) em uma história nova com elementos dessas obras, exatamente como uma adaptação deveria ser.

Se fosse procurar algum defeito, eu só consigo pensar em um, Christian Bale fica meio apagado em comparação a monstruosa atuação de Ledger, então parece que o Batman, ao invés de protagonista, vira um coadjuvante em sua própria história. Mas mesmo assim, o filme é considerado um novo clássico, e dificilmente perderá lugar nos rankings de melhores filmes de todos os tempos.



Nota: 10/10

A Origem (2010)
Título Original: Inception.

Esse poster não foi usado no Marketing do filme, o que é uma pena, pois ele mostra a grandeza desse filme.

A Origem é meu filme favorito do Nolan, pois tenho uma ligação nostálgica com ele. Até os 13 anos de idade, eu só ia ao cinema com meus parentes, então eu sempre via os filmes que eles decidiam ver, mas não exatamente os que eu queria. Em 2010, quando Inception foi lançado, o filme fez muito barulho pela sua história complexa, sendo considerado por muitos como o “Matrix” dessa geração. Interessado nisso, juntei meu próprio dinheiro e fui sozinho ao cinema (meus pais não estavam convencidos a assistir), essa foi a primeira vez que realmente me senti independente.

A trama do filme é sobre um ladrão (Leonardo DiCaprio) que utiliza uma maquina de infiltração de sonhos para roubar informações da mente das pessoas, ele é designado junto com um time para implantar (Inception é Inserção) uma ideia na cabeça de um diretor executivo de uma empresa multimilionária. O grande feito de Inception é misturar um filme de roubo com a irrealidade dos sonhos. Tudo pode acontecer num sonho, e o time de ladrões usa isso a seu favor. Nolan merece muito crédito por ter inventado varias regras sobre o trabalho destes ladrões, por exemplo: cada membro precisa de um totem (algum objeto memorável) para terem certeza que estão nas mentes de outras pessoas e não nas próprias; o tempo passa mais devagar no sonho; o subconsciente do alvo vai tentar expulsar os intrusos a qualquer custo, só pra citar alguns.

Essa parte complexa deixou muita gente confusa, mas é só prestar bastante atenção nos diálogos, pois eles explicam muito bem o que está acontecendo na trama. Assim como Matrix, se você não gostar desse tipo de história, você ainda têm ótimas sequencias de ação no filme, as possibilidades são infinitas, as cenas de ação são bem únicas, destaque para a luta antigravitacional num corredor de hotel de luxo.

Outro fator foi sua trilha sonora, diria que uma das mais revolucionárias dos últimos anos, 90% de trailers de filme hoje copiam a “buzina de caminhão” icônica do filme. Considero a obra prima de Hans Zimmer, junto com a trilha de Piratas do Caribe.




A Origem também é uma prova que filmes mais “cabeça” ainda podem fazer sucesso, o filme arrecadou 825.532.764 dólares (825 MILHÕES!!!) no mundo todo, ocupando o lugar 41 nas maiores bilheterias da história.



Nota: 825 milhões de doláres/10

P.S: eu sei que The Dark Knight arrecadou um bilhão de dólares, antes que venham falar. Mas gosto mais de Inception.

Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge (2012)
Título Original: The Dark Knight Rises



A primeira vez que vi TDKR, achei um filmaço, melhor que Vingadores, melhor filme de 2012, melhor filme de herói. Mas após rever ele várias vezes, vejo que um filme bem problemático.

O vilão, Bane, apesar de inicialmente parecer muito bom, é mostrado apenas como um capanga de luxo no final; Bruce Wayne recluso tira totalmente o significado do final de The Dark Knight; Uma cura inexplicável para uma coluna quebrada e uma das piores cenas de morte da história por uma ótima atriz meio que enterram esse filme. Parece que Nolan queria apenas terminar a trilogia de vez, sem muito cuidado com um roteiro um tanto falho na execução.


                                      Nível The Room de qualidade.

Mas ainda considero a mensagem do filme válida, o filme se trata de ressurgir, assim como o mito da fênix, queimar e sair das cinzas, falhar e continuar lutando pelo melhor. A prisão mostrada no filme, apesar de trair a atmosfera realista da trilogia, é uma metáfora bonita sobre cair no fundo do poço, e escolher subir de novo ou continuar preso na escuridão. Isso é algo que vemos desde o primeiro filme, quando o pai de Wayne pergunta: "Por que caímos, Bruce? Para podermos nos levantar novamente".

Então acho que a ideia do filme foi muito boa e ainda tem valor, só esperava que a execução dela fosse melhor, por alguns erros ele acaba sendo meio fraco, mas não acredito que seja o lixo que muitos dizem ser.



Nota: 7/10

Interestelar (2014)
Título Original: Interstellar

                                   O típico visual que se encontra nos filmes do Nolan.

Provavelmente o filme com mais opiniões divididas  do ano, alguns amaram, acharam um clássico moderno, outros odiaram, acharam chato e pretensioso, outros (como eu) acharam que apesar de algumas falhas, ainda se mantem um filme imperdível.

Interestelar é o filme mais estranho de Nolan, não parece exatamente algo dele, mas ao mesmo tempo, tem vários elementos dele no filme. isso porque esse projeto já passou pelas mãos de Steven Spielberg, e muito de Spielberg esse filme tem, todo a trama da família de Cooper( o personagem de Matthew McConaughey) é bastante inspirada nos elementos do diretor.  Até temas como amor e afeição são mostrados aqui, algo que o diretor nunca mostrou muito em suas histórias.

No filme, o mundo está morrendo, com poucos suprimentos e com as plantações morrendo, um fazendeiro chamado Cooper, que no passado foi piloto da Nasa, é convocado com um time de cientistas para procurarem através de um buraco de minhoca, um planeta que seja habitável pela raça humana.

A atuação de McConaughey é boa, mas o mesmo do que ele já mostrou em trabalhos anteriores, Anne Hathaway está meio apagada, sua personagem não é muito boa, Jessica Chastain está meio que lá, sem fazer muito barulho com sua atuação, quem realmente brilha é Mackenzie Foy como Murph, filha de Cooper, em uma das melhores atuações infantis que já vi, tente não partir seu coração na cena onde ela se despede do pai, tente!

O filme teve grande cuidado em mostrar a maior parte do filme com os fatos científicos corretos, não há som no espaço, nem explosões, o buraco de minhoca é provavelmente a melhor representação visual do que realmente deve ser. Claro, o filme não é perfeito, é impossível nuvens congelarem como no planeta gelado que eles vão, e é bem improvável que um cientista chegaria perto de um buraco negro (essa coisa ENGOLE LUZ).

Muitos reclamaram do dialogo expositivo (estilo de dialogo onde se explica tudo que está acontecendo), eu pessoalmente não me incomodei, Inception também era construído em exposição, e Interestelar ainda é um Blockbuster, o público médio não faz ideia de alguns termos que usam no filme, então acho válido ele explicar.

O problema para mim se encontra no terceiro ato, eu não posso descrever exatamente o que acontece (pois seria spoiler), só digo que o final é meio covarde e bem previsível, algo que não esperava do Nolan, os finais de seus filmes são sempre bem fortes, esse foi bem morno.

Não é o filme mais fraco da carreira de Nolan como muitos dizem (longe disso), mas ele foi sim, meio decepcionante, principalmente pela fraca parte final do filme, mas ainda considero um ótimo filme e definitivamente, uma das melhores experiências que tive no cinema esse ano.



Nota: 8,5/10

Acho que Nolan pode sim ser considerado um dos maiores diretores da atualidade, nenhum filme dele é realmente ruim (diferente do Shyamalan), alguns podem ser considerados fracos, mas nunca ruins. Também é um dos poucos diretores que fazem filmes inteligentes e que fazem sucesso, numa época de Michael Bay fazendo exatamente o mesmo filme por quatro vezes e arrecadando milhões (Transformers), fico feliz que Nolan faça bons filmes com algum significado além de “Precisamos vender bonecos” ou “O produtor me mandou fazer isso”.

E por isso ele tem meu respeito.

domingo, 16 de novembro de 2014

Anatomia de um Guilty Pleasure:
Músicas Românticas

Olá Pessoal!!!

Hoje começarei mais uma nova categoria de artigos, Anatomia de um Guilty Pleasure, onde eu pego algo que eu adoro, mas tenho vergonha de admitir. Apesar de hoje ter escolhido músicas, essa categoria vai ser usada também em filmes, jogos, coisas do cotidiano, entre outros.

Resolvi escolher esse assunto porque músicas românticas são algo que geralmente caem para o lado mela cueca da coisa, sendo muitas vezes ridículas, risíveis e bem idiotas em geral. Mas eu não ligo, tem algo sobre elas que me agrada, algo que eu não sei, mas espero descobrir ao escrever esse artigo.

Então colocarei e dissertarei sobre minhas músicas românticas favoritas (e que são bem idiotas).

Kiss From A Rose – Seal



A imagem do Batman já não estava muito boa quando Batman Eternamente estreou nos cinemas, após essa escolha da trilha sonora do filme não havia dúvidas que o novo Batman era muito mais sensível do que deveria.

Ainda mais com um clipe onde um negão que parece o Alexandre Pires está de camisa desabotoada com o símbolo gigante do Batsinal atrás (ui) dele. Digam o que quiserem, é inegavelmente bem sugestivo.

Kiss from a Rose é minha música favorita das que eu escolhi pra esse artigo, eu adoro essa música, acho que seja porque ela tem momentos bem calmos e pequenas explosões mais fortes (you’re my power, my pleasure, MY PAIN!!!), e ao analisar a letra, vi que o autor compara a amada ou o amor em si como uma droga poderosa, em trechos como “to my you like a growing addiction” e “Love remains a drug that’s the high not the pill”. Pra mim, esse é ótima descrição de como é estar apaixonado, é uma mistura de conforto e desespero.

Seal está longe de ser um mal artista, mas é inegável que essa música é bem mela cueca, ainda assim eu gosto muito dela, tanto que eu só via essa bosta de filme pra ouvir ela nos créditos.

Melhor trecho: Power, Pleasure, Pain, como já citado acima.

Wonderwall – Oasis


Eu odeio Oasis, a parte instrumental é boa, mas eu odeio as vozes dos Gallaghers, e eles são uns belos babacas na vida real. Então é muito difícil explicar por que eu gosto dessa canção, ainda mais pelo fato dela ter sido tocada infinitas vezes por milhares de covers pela internet, na rua e em círculos de amigos, qual grupo não tinha um “músico” que vinha encher o saco tocando isso ou legião urbana?

Eu diria que gosto da letra e de toda parte acústica, eu admito que ela é uma música muito bem construída, não exatamente mela cueca, ela está aqui porque ela foi tocada incontáveis vezes até que todo mundo a odiasse. Mas eu ainda gosto dela.

Melho trecho: I don’t believe that anybody feels the way i do, about you now”

Iris – Goo Goo Dolls


Da trilha sonora de Cidade dos Anjos com a escolha de algum gênio de Hollywood de colocar Nicolas Cage num filme romântico. O que me encanta nessa música é que ela tem momentos épicos (1:59 – 2:37) e sua letra é nada convencional, ela combina com o filme (um anjo observa a vida de uma médica por qual ele se apaixona), mas pra nós, ela fala sobre um Stalker foda do qual o desejo é que a mulher ao menos saiba que ele exista, como essa música é poderosa, você sente a dor e até simpatiza com o sujeito. Amor platônico e ainda por cima com um toque assustador é algo que não se vê todo dia.

Melhor trecho: “When everything’s meant to be broken, i just want you to know who i am”

Have You Ever Really Loved a Woman? – Bryan Adams


Bryan Adams é um dos mestres da música mela cueca internacional, então não podia faltar aqui. Eu não gosto das outras músicas dele, mas essa se sobressai pra mim pela vibe espanhola que ela tem (que eu gosto).

Também de uma trilha sonora, de Don Juan de Marco com Johnny Depp e Marlon Brando, acho que essa música é perfeita pra descrever um conquistador lendário como Don Juan.

Melhor Trecho: “When you find yourself lying helpless, in her arms”

She Will Be Loved – Maroon 5


O Primeiro álbum do Maroon 5 é um grande guilty pleasure pra mim, eu adoro músicas como This Love e Harder to Breathe, apesar de hoje o Maroon 5 ser um belo cocô de uma banda.

Seria meio frio dizer que eu ri dessa música a primeira vez que a ouvi? Porque eu achei tão mela cueca e exagerada que eu achei engraçado, ainda mais no clipe onde o babaca do vocalista se envolve com a moça e a mãe dela também.  Pra falar a verdade eu só coloquei nesse artigo porque eu gosto de ver o Adam Levine se ferrando mesmo.

Melhor trecho: Adam Levine acabando sozinho por ser trouxa.
                                                
What Goes Around, Comes Around – Justin Timberlake


A única coisa que eu lembrava dessa música era o clipe com a Scarlet Johansson, mas ao ouvir de novo eu vejo que uma música decente (no nível guilty pleasure ainda), é bem chiclete e o Timberlake parece um cara legal (diferente do citado acima), o que é difícil de pensar depois de anos sendo o cabelo de miojo do N’Sync.


Clássico

Melhor trecho: Scarlet Johansson goes around, comes around.

Forever – Kiss


Kiss tem um belo repertório de mela cueca em sua carreira, mas Forever ganha por ser a mais famosa, eu acho estranho uma banda de rock cantar sobre passar a eternidade com a amada, sendo que o Kiss deve ter tido mais de 250 mil groupies ou mais até hoje, Forever é um pedido de casamento de calmaria depois de anos de putaria desenfreada.

 Melhor trecho: Until my life was through, girl i’ll be loving you forever”

Is This Love – Whitesnake


Is this love é puro anos 80 na sua cara, essa música não poderia ter sido lançada em nenhuma outra época, quando eu a escuto me sinto dirigindo um carro de madrugada nos anos 80, com neon gritante refletindo no carro. Essa música tem mais valor nostálgico pra mim, porque meu pai colocava essa música o tempo todo, e ver aquela mulher do clipe quando eu tinha uns 9 anos me deixava com sentimentos esquisitos, que é claro, só fui entender bem depois.

Melhor trecho: Wasted days, and sleepless nights, And I can't wait to see you again

E o Guilty Pleasure para dominar a todos:

I Don’t Wanna Miss A Thing - Aerosmith


I Don’t Wanna Miss A Thing é uma música única, porque você só pode se identificar com ela se seu pai for o Bruce Willis, seu namorado o Ben Affleck e a terra esteja a beira do fim com um meteoro gigante. A letra dessa canção é a coisa mais mela cueca e exagerada de todas (Then i kiss your eyes???). o pior que isso foi na época mais trash do Aerosmith, onde tudo era exagerado e megalomaníaco (eu amo essa época, por sinal), então essa foi a master baladinha do universo.

Eu acho que tem dois finais alternativos pra Armageddon, em um deles o meteoro ouve essa música, fica emocionado e dá meia volta longe do planeta. No outro o Steven Tyler aparece e engole o meteoro com sua boca gigante. Melhor que Bruce Willis morrendo pra dá lugar pro Ben Affleck, isso foi sacanagem.

Melhor trecho: tudo, a música, a letra, a banda e o background. E a Liv Tyler é claro.

Faltaram milhares de outros guilty pleasures românticos, mas eu coloquei esses por serem os que eu lembrei agora. Acredito que haverá uma sequência para esse artigo. Faltou falar de Bon Jovi e outras tentativas de bandas de rock lançarem baladinhas também. Ainda pretendo fazer um com nu metal adolescente zoado e bolado xingando muito no twitter e músicas pop que me fazem questionar minha sanidade por gostar delas.


Até mais.

domingo, 9 de novembro de 2014

Rumo a Surdez: Discografias Comentadas.
Banda da vez: Arctic Monkeys Parte 2

Humbug
Data de Lançamento: 19/08/2009
Duração: 39:20 mins.



                                                    Capa mais whatever de todas

Opiniões sobre Humbug foram bem divididas, alguns adoraram sua mudança de som, outros ficaram irritados com essa mudança, mas não conseguiam dizer que o álbum era ruim (longe disso, até os que não gostaram sabiam disso), entendo que esse trabalho não foi tão marcante quanto os outros, mas ainda é um disco sublime, com uma qualidade lírica fantástica e um estilo atmosférico que eu amo.

Muito da vibe desse álbum veio do produtor Josh Homme, que é o vocalista do Queens of The Stone Age, as faixas de Humbug são fantasmagóricas, algumas melancólicas, e algumas bonitas, mas todas estranhas ao mesmo tempo. Assim como muitas músicas da carreira de Josh Homme.

O álbum começa com My Propeller, que devo dizer, é exatamente o tipo de música que eu gosto, ela começa agitada, se mantem calma por um tempo, e explode no final. No começo, a primeira impressão é estranheza, mas também é interesse, ela é uma música cativante. Algumas pessoas podem pegar a ideia errada ao ler a letra, que de certa forma é bem sugestiva, olha só o trecho: “Coax me out my low, And have a spin of my propeller”. Não, jovem, essa música não fala, como o lendário Nego Bam diria, sobre “taca o pirú”, o bom moço Alex Turner está falando sobre o coração, como há tempos ele não funciona, e ele está pedindo a pessoa em questão da música para fazer o coração funcionar novamente. Mas partes como essa são o que fazem esse álbum ser tão bom, a parte lírica está aberto a diversos pontos de vista diferentes enquanto ao significado das letras.

Crying Lightning é simplesmente minha música favorita da banda, ela é a música que me fez um fã, eu amo a sonoridade dessa faixa. Novamente a primeira impressão é estranheza, mas Crying Lightning é também uma música muito sentimental, é possível sentir a emoção na voz de Turner. A letra é surreal, inicialmente parece que ela não faz sentido nenhum, mas é lindo ver que praticamente todo mundo tem uma visão diferente sobre o significado dela, eu tenho minha própria teoria, mas eu vou manter ela só pra mim. Eu considero Crying Lightning a obra prima da banda, sei que é uma escolha meio estranha, mas eu tenho motivos pessoais pra fazer isso.

Dangerous Animals é puro Queens of The Stone Age, lembra muito o som do álbum Era Vulgares, como Queens é uma das minhas bandas favoritas, eu não tenho o que reclamar. E eu adoro a parte da soletração nessa música, D-a-n-g-e-r-o-u-s.

Apesar de eu amar o estilo de Humbug, acho que algumas faixas não são muito memoráveis, Secret Door e Potion Approaching não chamaram minha atenção, Fire and The Thud é boa, mas nada de especial também.

Cornerstone era o ponto fraco do disco para mim na primeira audição, mas hoje ela está entre minhas favoritas, a letra é bem engraçada, ela fala sobre um cara que não consegue esquecer de uma garota, e ele começa a ver o rosto dela em todas as outras garotas que ele vê, pedindo a elas se ele pode as chamar pelo nome da velha amada, e elas obviamente recusam. O final fica meio aberto a interpretações, mas em minha visão, no final ele encontra uma prostituta que se parece com a garota, ele pede novamente a questão, e ela responde: “eu não deveria, mas sim, você pode me chamar do que você quiser”.

Fico pensando se o clipe dessa faixa tinha a intenção de ser simplista e imbecil, ou eles estavam tentando falar outra coisa, mas no final o resultado foi essa coisa ai:
                                             


Dance Little Liar é fantástica, ela começa bem simplista, mas vai ganhando complexidade a medida que a música progride, a letra fala sobre (como o titulo diz) mentirosos, muitas músicas falam sobre mentiras, mas eu diria que essa é a melhor de todas, melhor trecho:

“And the clean coming will hurt
And you can never get it spotless
When there's dirt beneath the dirt
The liar take a lot less time” 

Eu até diria que em qualidade instrumental é a melhor música do disco, e vejo poucos fãs falando sobre ela, e sem dúvidas Dance Little Liar é um dos pontos altos do álbum. Destaque para 3:18 da música.

Pretty Visitors é uma música divertida, com backing vocals fantasmagórigos, mas também é uma faixa que não deixa muita impressão.

The Jeweller’s Hands fecha o álbum com um tom misterioso e muito interessante, o outro (conclusão) dessa música é fenomenal.

Novamente os b-sides de Humbug são ótimos, algumas faixas melhores que as do álbum em si, destaque para: Don't Forget Whose Legs You're On, Sketchead, The Afternoon's Hat, Joining the Dots e mega destaque para Catapult, essa última é tão boa que tirei um ponto da nota final só porque fizeram a burrice de retirar ela do álbum.

Pontos Altos: Crying Lightining, My Propeller, Dance Little Liar e Cornerstone.

Pontos Baixos: Secret Door, Potion Approaching e a decisão de tirar músicas fodas e dignas pra colocar em B-sides.

Nota final: 8/10, se alguns dos b-sides estivessem no produto final, ele certamente seria o meu favorito.     


                                       


Suck it and See
Data de Lançamento: 6 de Junho de 2011

Duração: 40:05 mins.

                            Desculpe Humbug, essa sim é a capa mais whatever da história.

Já digo agora que Suck it And See é o trabalho que menos gosto da banda, ele ainda é bom, mas não tanto quanto seus antecessores. Acho que metade de álbum é esquecível, mas este também foi responsável por trazer mais fãs, pelo seu som mais popular.

O maior defeito de Suck it And See pra mim é a decaída do conteúdo lírico que os trabalhos anteriores eram conhecidos por ter, as letras desse disco são bem comuns, principalmente músicas como Brick by Brick, a letra é tão simplista que poderia ter sido escrita por qualquer banda amadora de colégio, apesar de ser uma música bem divertida. Mas vamos às faixas:

O Álbum abre com She’s Thunderstorms, e meu estranhamento começou já aqui, enquanto os primeiros discos abriam com músicas agitadas, este abre com uma música bem leve e um tanto repetitiva, essa faixa não é lá tão interessante, eu não tenho muitos comentários a fazer sobre ela.

Agora, Black Treacle é o que eu queria escutar na introdução, ela introduz o novo estilo muito melhor que She’s Thunderstorms, o riff é simples, mas muito memorável, a letra é típico Arctic Monkeys, ela é uma música boa de ouvir, eu não sei exatamente o que ela tem, mas eu sei que me agrada.

Eu gosto e desgosto de Brick by Brick, ela é a música mais divertida do álbum, a mais rock n’ roll do trabalho, mas eu esperava mais da parte lírica. Como dito acima, a letra poderia muito bem ser escrita por uma banda que recém está começando, parece que eles fizeram um som muito bom, mas não tinham letra para esse som, então escreveram qualquer coisa  mesmo e colocaram no album.

The Hellcat Spangled Shalala (santo titulo) não chamou minha atenção nas primeiras audições, mas após ouvir ela várias vezes, ele virou uma das minhas favoritas do disco, , algumas faixas desse álbum ainda tem um pouco de Humbug nelas, quando se trata do feeling que a música transmite.

Don’t Sit Down Cause I Moved Your Chair é como Brick by Brick, o som dela é fantástico, mas a letra é extremamente nonsense, é não é nonsense como as faixas de Humbug, que tinham uma mensagem por trás, essa música são vários versos malucos que não tenho certeza se realmente tem um significado, há não ser que você ache que “Do the Macarena in the Devil’s Lair” signifique algo mais profundo. E que não seja hilário como esse verso. O solo é foda, pelo menos.

Library Pictures lembra o som que ouvimos em Favourite Worst Nightmare, mas com o novo estilo, é uma música decente, também não há muito o que falar sobre.

All my Own Stunts é uma das melhores músicas do álbum, o riff é bom, o refrão é ótimo e tem uma divertida menção ao primeiro álbum:

 “Put on your dancing shoes

And show me what to do
I know you've got the moves “

Reckless Serenade é minha favorita do disco, desde a primeira audição ela chamou minha atenção, a letra é inteligente e o som é sublime, e quando chega em 2:07 é impossível não se sentir confortável com esse trecho.

Piledriver Waltz veio originalmente da trilha do filme Submarine, do qual Alex Turner foi responsável pela trilha sonora, acho que ela faz mais sentido no filme, então de certa forma ela é filler sim. Além do mais, Stuck on a Puzzle da trilha do filme é uma música bem mais bonita e superior, então acho que ela ficaria melhor aqui.

Love is a Laserquest é uma música que eu queria gostar mais, mas ela me parece igual à She’s Thunderstorms no ritmo, então eu acho ela bem mediana, acho que a banda tem baladinhas bem melhores que essa.

Suck it and See (nome sugestivo da porra) é outra música que eu queria gostar, mas eu acho mediana, talvez seja preciso estar apaixonado pra gostar dessa faixa, pois é a música mais romântica do álbum, como eu não estou, ela não me faz sentir nada.

That’s Where You Wrong parece uma extensão de The Hellcat Spangled Shalala, é a canção mais longa do album, mas novamente, ela não tem nada de tão especial. É um desfecho meio fraco, eu diria.

Agora, minha maior surpresa depois de ouvir esse disco mediano, é ter ouvido Evil Twin dos B-sides, que é simplesmente A MELHOR MÚSICA que eu ouvi relacionada a esse álbum. E os caras não colocam no produto no final, eu vou tirar um ponto por essa cagada mestra. Evil Twin tem um riff foda, letra foda e o melhor solo de guitarra que a banda já produziu. E dai os caras resolvem deixar de fora, é imperdoável.

Pontos Altos: Evil Twin, Reckless Serenade, Black Treacle, The Hellcat Spangled Shalala, All my Own Stunts e Brick by Brick.

Pontos Baixos: todo o resto.

Nota Final: 6/10, era um 7 só por Evil Twin, mas não, vamos deixar de fora.


AM
Data de Lançamento: 6 de Setembro de 2013
Duração: 41:43 mins.

É uma capa simplista, mas chuta a bunda de Suck it and See.

AM foi um dos melhores álbuns de 2013 (Lorde?? Hahahaha) em minha opinião, mas ele não tinha lá muita concorrência também (exceto por Like Clockwork, esse sim meu favorito do ano), o som de AM é uma mistura, a parte instrumental é parecida Suck It And See e a parte lírica lembra os temas abordados em Whatever People Say...

E pra falar a verdade, AM foi o primeiro álbum que eu ouvi da banda, no inicio deste ano, lembro-me que vivia zuando indie rock até dizer chega, até que um dia estava ouvindo músicas no Youtube e surgiu R U Mine? nas sugestões, eu cliquei no vídeo com a intenção de diminuir a banda, mas para minha surpresa, eu amei a música, e foi assim que abri minha mente desta vez, para agora sim, ouvir todo o trabalho da banda.

AM é inquestionavelmente o trabalho mais pop do conjunto, mas mesmo assim ele é bom, algumas músicas não me agradam, mas a maior parte do álbum é muito boa, eu entendo que alguns fãs não gostarem, mas para mim AM é tudo que o disco anterior queria ser e não atingiu. E Nick o’Malley arrebenta novamente com o baixo, talvez o principal elemento do disco.

Do I Wanna Know?  começa o álbum magistralmente, a letra é ótima, a construção sonora é sublime, eu até diria que Do I Wanna Know?  é a nova música mais famosa da banda, de tanto que já tocou, e acho que até meu cachorro conhece essa música.

R U Mine? Foi a música que me fez ouvir todos os outros trabalhos, então dá pra saber o quanto eu gosto dela, é a música mais agitada e divertida do álbum, um dos pontos fortes são os Backing Vocals, que são bem viciantes. Sem falar que ela é realmente uma canção de Rock, enquanto várias outras bandas se classificam Rock hoje dia e são um belo eletrônico disfarçado, Arctic Monkeys mesmo fazendo pop chutam bundas alheias.

E sim, isso foi um ataque a Imagine Dragons, essa banda fuleira que milhares amam.

One for The Road era a única faixa que eu sempre pulava, mas após ouvir múltiplas vezes, ela realmente cresceu no meu conceito, sendo uma das músicas mais descoladas da banda.

Arabella é mega chiclete, ela até parece um Black Sabbath pop, em 2:40 é um belo sing along nos shows.

I Want it All, apesar de um riff maneiro, parece algo que realmente merecia estar em B-sides, a letra não é lá tão inspirada, o som é meio repetitivo, então... meh! filler.

No 1 Party Anthem, eu entendo que muitos gostam dessa música, mas eu não sei o que achar dela, ela não me é memorável, então, vocês já sabem.

Agora, Mad Sounds, é a baladinha que eu gosto, no inicio ela me pareceu chata, até que do nada alguém me acertou com um ooh-lá-lá-lá, ooh-lá-lá-lá, ooh-lá-lá-lá oooh, se você ouviu a música, você vai entender a referência.

AM é um álbum com muita influência de R&B, e Fireside é a primeira música do álbum que mostra essa influência, eu adoro essa música, talvez porque eu gosto dessa mistura de R&B com Rock, e essa música utiliza certos instrumentos eletrônicos, mas é usado de uma forma decente.

Why’d You Only Call Me When You High? (quantas músicas acabam com ponto de interrogação, hein) é a mais Pop e R&B do álbum, então acho que ele deveria ser criticada pelo o que ela é, e ela é uma ótima música pop com elementos de R&B. E o título é genial.

Snap Out of It é outro Pop rock mega chiclete, a música fala sobre ficar irritado com alguém que recém se apaixonou e se tornou insuportável por isso, quem nunca ficou meio irritado com o casal mozão mais próximo que jogue a primeira pedra. Na verdade nós temos inveja deles, mas eles não precisam saber disso.

Knee Socks tem a participação de Josh Homme nos backing vocals, e isso acrescenta algo especial nessa música, tenho que admitir que simpatizo com a letra em partes, e merece destaque por esse trecho genial:

“Like the beginning of mean streets

You could be my baby”

 Menção ao filme Means Streets de Martin Scorsese, e sim, eu vi esse filme só por causa dessa música.

I Wanna be Yours é a melhor baladinha do disco, inspirada num poema de John Cooper Clarke, I Wanna be Yours lembra levemente 505, a letra nada convencional acrescenta um toque a mais nessa canção, trechos como “If you like your coffee hot, Let me be your coffee pot” não são ouvidas todo dia. E qualquer cantor que consiga falar “I wanna be your vacuum cleaner” sem ser completamente ridículo merece respeito.

AM foi um álbum bem mais divisor que Humbug em minha opinião, parece que quem gosta amou (eu), e quem não gostou odiou (certos fãs), eu até entendo que esse é o mais pop da banda, mas isso não diminui em nada sua qualidade.

Destaque dos B-sides:  2013, Electricity (também com backing vocals de Josh Homme) uma das canções mais agitadas que infelizmente não foi para o álbum) e Stop the World Cause I Wanna Get Off With You (que lembra Why’d You Only Call Me When You High? Mas muito melhor, com um solo divertido e uma inspirada batida, e alias, de onde eles tiram esses títulos?) e You’re so Dark.

 Pontos Altos: Do I Wanna Know? R U Mine? I Wanna be Yours, Stop the World Cause I 
Wanna Get Off With You.

Pontos Baixos: I Want it All (pela ousadia de usar o mesmo nome que um clássico do Queen para uma música tão mediana).

Nota Final: 9/10


Agora gostaria de deixar opiniões rápidas sobre outros projetos relacionados.

The Last Shadow Puppets: Conjunto de Miles Kane e Alex Turner, as duas primeiras músicas, The Age of Understatement e Standing Next to Me: genials; Resto do album: medíocre. Standing Next to Me está no meu top 20 músicas da vida.



Miles Kane’s Colour of the Trap: Miles Kane é um dos grandes colaboradores dos Arctic Monkeys e um dos melhores amigos de Alex Turner, esse álbum é cheio de acertos e erros, Come Closer, Rearrange e Inhaler são ótimas, o resto do álbum, nem tanto. E o cover de A Girl Like You de Edwyn Collins é bom, mas anos-luz da original.


Alex Turner’s Submarine: a trilha sonora do filme é composta apenas de baladinhas, algumas são bem chatas, outras como Stuck on a Puzzle são muito boas.



E por final, minha ordem de álbuns e músicas favoritas, as notas finais foram colocadas pela qualidade geral do álbum, então essas listas não seguem exatamente o Ranking, mas sim meu gosto pessoal.

Albúns:
5. Suck it And See
4: AM
3: Favourite Worst Nightmare
2: Humbug 
1: Whatever People Say, That’s What I’m Not

Músicas:
11. Dance Little Liar
10. Evil Twin
9. Reckless Serenade
8. When the Sun Goes Down
7. Do I Wanna Know?
6. My Propeller
5. Catapult
4: R U Mine?
3: 505                             
2. From the Ritz to the Rubble
1. Crying Lighting