quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

As Melhores Músicas de 2016


Sabe, uma da melhores coisa de ter um blog pessoal é não se sentir obrigado em dar introduções longas para os próprios artigos, só direi que a estrutura é a mesma de 2015, comentarei as músicas mais populares para as mais alternativas e no final meu Top 3 do ano.

Então vamos a lista:

Lazarus - David Bowie

Esse clipe foi lançado 3 dias antes do falecimento de David Bowie, e mostra ele deitado numa cama de hospital, com as primeiros versos: "Olhe aqui, eu estou no paraíso, Eu tenho cicatrizes que não podem ser vistas, Eu tenho dramas que não podem ser roubados, Todo mundo me conhece agora"

Lazarus é exatamente sobre aceitar a morte, escrita e cantada por um homem que sabia que não ia durar mais um mês vivo, só esse fato faz a música ser 10 vezes mais poderosa do que já era, desde Hurt de Johnny Cash não vimos algo parecido, Bowie escreveu seu próprio réquiem e seu legado jamais será esquecido.


Starboy - The Weeknd

The Weeknd, como já disse nos melhores de 2015, é um artista do qual não sei exatamente o que pensar, algumas letras desse último álbum são bem imbecis e nunca comprei essa "persona sexy" que ele tenta vender, mas com isso dito, Starboy foi provavelmente minha música pop favorita desse ano.

Isso porque a maioria da música pop foi bem fraca, as músicas eram muito repetitivas e não tiveram o senso de diversão que o gênero deve ter, é claro que a participação do Daft Punk no som ajuda e muito o artista canadense.

De certa forma, Starboy é sobre ter tudo que você quer e ainda se sentir infeliz, o que me parece bem mais profundo que a maioria da música pop de 2016.


Genghis Khan - Miike Snow

Não tenho muito o que falar, é uma música divertida, conheci Miike Snow por conta de um ótimo cover de "I Sat by the Ocean" do Queens of The Stone Age e decidi procurar pela carreira dele, me deparei com essa música, que gostei bastante.


Drive It Like You Stole It - Sing Street

Sing Street foi meu filme favorito de 2016, então eu tenho que colocar essa divertida homenagem ao new wave dos anos 80 (o baixo e o saxofone são uma referência a Maneater do Hall & Oates) em algum lugar nesse artigo.

Nem só pela homenagem, essa música sobrevive perfeitamente sem o filme.


Finest Girl (Bin Laden Song) - The Lonely Island

É uma música-piada, feita para o filme Popstar (uma boa comédia que passou despercebida), eu pensei em não colocar por causa disso, mas é tão grudenta e hilária que preciso mostrar isso para mais pessoas.


Cheap Thrills - Sia

É completamente ok, apesar das letras não combinarem com o tipo da Sia, aparentemente essa música seria cantada pela Rihanna, o que faria mais sentido com o tema de sair pra festas e se divertir, o que quero dizer é me parece estranho alguém que é conhecida por nem mostrar o rosto cantar sobre isso, mas entendo que apesar de ser mega popular, Sia sempre teve essa persona alternativa, o que reflete o inicio da carreira dela, muito antes de entrar na música pop.



Heathens - Twenty One Pilots

Esquadrão Suicida foi um filme "problemático" para dizer o mínimo, mas seu tema foi bem memorável, um tanto sombrio mas ainda pop o suficiente para tocar nas rádios, só discordo de ter sido indicada como "melhor canção de rock do ano".

É uma boa música, mas bem menos, por favor.



Dracula Teeth e Pattern - The Last Shadow Puppets

O primeiro álbum dessa banda formada por Miles Kane e Alex Turner (Arctic Monkeys) foi lançado em 2008, e após longos 8 anos tivemos um segundo, nenhuma música é espetacular como Standing Next to Me (uma das minhas músicas favoritas da vida) de seu antecessor, mas duas faixas que chamaram minha atenção foram Dracula Teeth e Pattern, com um instrumental bem nostálgico e as típicas letras da dupla.




Vampires - The Midnight

Como um grande fã dos anos 80, eu costumo acompanhar o gênero de New Retro Wave, é difícil escolher porque esse gênero é como um iceberg, na ponta há poucos artistas mais famosos como Kavinsky e Perturbator, mas no fundo há centenas de músicos desconhecidos que surgem a cada dia.

Com isso dito, uma da músicas que mais me chamou atenção no gênero em 2016 foi Vampires de The Midnight, porque eu adoro um belo solo de saxofone, e essa música inteira é um solo de saxofone.


Love Me In Whatever Way - James Blake

Todas as músicas de James Blake soam como Retrograde (seu principal hit), essa não é uma exceção, mas eu ainda ouvi isso bastante, pois é bem triste, exatamente como o ano em que foi lançada.

Por um segundo, pensei em colocar Daydreaming do Radiohead no lugar dessa, mas fui ouvir novamente e quase dormi (o que me pergunto se é intencional devido ao titulo da música).


 "I can't give up, Not now, Not then..."

Dark Necessities - Red Hot Chilli Peppers

O último álbum da banda foi bem decepcionante, tanto que até me esqueci que essa música era de 2016, Dark Necessities é a única faixa que merece uma menção, apesar de em qualquer outro álbum da banda ela seria apenas filler.


Phantom Bride - Deftones

Finalmente uma música que eu genuinamente gostei, Phantom Bride tem um riff fantasmagórico (olha o título) e um solo maneiro cortesia de Jerry Cantrell (guitarrista do Alice In Chains), alguns reclamam dos vocais de Chino Moreno, que eu admito parecer mais um sussurrar do que realmente cantar, mas de que qualquer forma combinam com o estilo da banda.


Agora meu Top 3 pessoal.

3. Square Hammer - Ghost

Pois é, ano passado eu decidi que gostava de Ghost, e acredito de que certa forma essa é a melhor música POP do ano, quer dizer, tecnicamente é metal (apesar de haver controvérsias), mas Square Hammer tem algo que muitas músicas, inclusive as populares, parecem ter perdido em 2016.

Um senso de diversão.

As letras são qualquer coisa, mas o riff, o refrão, o solo e até o vídeo só tem o objetivo de entreter, nada mais, nada menos, e eu gosto dessa honestidade. 


2. Spit out The Bone - Metallica

O último álbum do Metallica foi uma boa surpresa, não é nada espetacular como os primeiros discos da banda, mas ainda bom, e o quanto mais distante do estilo de St. Anger melhor. Com isso dito, nenhuma música realmente me pegou, exceto pela última, que foi a coisa mais rápida e pesada desde And Justice for All (que foi lançado a 30 anos atrás).

O riff é ótimo, a bateria parece uma metralhadora (aparentemente o Lars aprendeu a tocar novamente)  apesar do solo do Kirk Hammett soar exatamente como todos os outros.


1. Hearts/Wires - Deftones

Sabe, antes de comentar essa, preciso dar um contexto.

Lembro de ter comentado que 2015 tinha sido o melhor ano da minha vida até então, e 2016 parecia ser bem promissor, afinal, se fosse metade do que o ano passado tinha sido, já seria bom.

Infelizmente, não foi o caso, a maioria de minhas esperanças foram pelo ralo durante o ano, tanto as pessoais quanto as profissionais, por um momento até considerei em desistir da faculdade de Jornalismo, excluir esse blog, e desesperadamente tentar qualquer outra coisa, pois tudo estava dando bem errado e eu já estava cansado de se mover para lugar nenhum.

Eu só me recuperei em novembro onde descobri algo que mudou minha perspectiva e me deu esperanças para o futuro novamente, tanto que irei continuar a faculdade e bem, o blog ainda está aqui e acredito que um dia ele será bem útil.

Mas durante aqueles longos meses de desesperança, eu costumava ouvir uma música, inicialmente não chamou muito minha atenção, até prestar atenção nas letras e sua estrutura sombria.

Não é uma letra feliz, e nem apresenta motivações para sair dessa (o primeiro verso diz "Nada pode me salvar agora, é nisso que acredito..."), mas só o fato dessa música refletir o que eu estava sentindo já foi o suficiente pra se sentir bem melhor.


Essa foi minha lista de melhores músicas de 2016, e fico feliz em dizer que esses dois últimos meses foram bem melhores que os dez primeiros, espero que 2017 seja melhor, pelo menos pra minha e suas vidas pessoais, porque para todo o resto eu tenho certeza que não vai ser.

Desculpem, mas tudo aponta pra isso.




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