domingo, 25 de setembro de 2016

Analisando a Saga Star Wars - Episódio II - O Ataque dos Clones.



Após o grandioso sucesso e decepção que a Ameaça Fantasma foi, fãs já começaram a baixar as expectativas para o segundo filme, nos anos 2000, a internet já era a grande mídia do mundo moderno, então comentários e criticas do filme anterior já eram comuns em diversos fóruns e discussões na internet.

Então os estúdios começaram a dar ouvidos a recepção pública e mudar os filmes conforme o agrado dos fãs, certamente o aspecto mais demonizado da Ameaça Fantasma foi Jar Jar Binks (mesmo esse sendo apenas um dos diversos problemas do filme), George Lucas até poderia continuar forçando Binks goela abaixo dos fãs, mas felizmente decidiu não fazer.

Então um dos pontos positivos de o Ataque dos Clones é que ele se livra de Jar Jar Binks, não totalmente, ele ainda aparece no filme, mas em apenas duas cenas e sem nenhuma piadinha idiota, mas se o problema do Binks foi resolvido, todo o resto dos problemas de A Ameaça Fantasma são ampliados na sequência.

Começando pela história ainda mais política e complicada, quando criança eu não entendia quase nada da história, e quando revi hoje, ainda tive dificuldades de entender completamente (ou talvez eu seja só burro), bem, tem alguma coisa a ver com separatistas da república, um exercito de clones e mais tratados para assinar, ou seja, é tão divertido quanto seu livro de história do ensino médio.

Isso me leva a algo que irei aprofundar na análise do próximo filme, eu não acho que a estrutura das histórias das prequels seja ruim, mas elas certamente são mal executadas.

O máximo de expressão de Anakin

Considerando o episódio I, já era de se esperar que a história fosse ficar mais politica, o segundo problema é o romance entre Anakin e Padmé, a atuação inexpressiva dos dois (Hayden Christensen e Natalie Portman) faz parecer uma novela mexicana no espaço, sem falar dos diálogos como: "Eu não gosto de areia, ela entra por todos os lugares".

O pior é que essa é uma parte longa do filme, mesmo Lucas tendo tempo suficiente pra criar uma relação interessante, tudo parece errado, nem a bonita trilha do John Williams consegue injetar emoção entre os dois.


Farei até uma defesa a versão dublada do filme, o dublador Peterson Adriano (mais famoso por fazer a voz do Bart Simpson), consegue fazer a atuação inexpressiva de Christensen ser menos pior, até colocando mais emoção nas cenas do Anakin.


Nem todos atores estão ruins, eu sempre gostei muito de Ewan Mcgregor como Obi Wan, no episódio I ele era bem genérico, mas nessa sequência ele se torna o personagem mais interessante do filme, muito por suas semelhanças com a atuação de Alec Guinness (que era o Obi Wan velho na trilogia clássica), até a forma de falar é bem parecida, você acredita que ele é a versão mais nova do personagem.


Enquanto é difícil acreditar que um jovem chato e irritante como Anakin irá se tornar Darth Vader um dia, talvez com exceção com a cena onde ele procura a mãe (e acha) em seu planeta natal, ele no speeder dirigindo no deserto com "Duel of Fates" tocando no fundo, é uma boa cena, e um dos poucos momentos onde ele age como o vilão mais famoso da saga no futuro.


Tem também uma cena bem breve onde Anakin revela seus pensamentos mais "fascistas", mas é envolto as cenas românticas, então é bem fora de foco.

A trilha do John Williams ainda é muito boa, mas é uma das menos memoráveis da saga, alguns destaques são:




O maior problema do Episódio 2 é sem dúvidas o uso ainda mais exagerado de CG, agora não só em monstros e cidades, mas sets inteiros, até as armaduras do exercito de clones é feito em CG, se as coisas já pareciam artificiais em A Ameaça Fantasma, que parecia uma cutscene de Playstation 1, aqui só evoluiu para uma cutscene de Playstation 2.


Isso prejudica muito as cenas de ação, a perseguição no inicio com um visual bem Blade Runner/ Quinto Elemento, a cena da fábrica de robôs, a arena e a subsequente guerra dos clones são criativas e bem dirigidas, mas é tudo tão artificial que você não sente o impacto que você deveria sentir, parecem bonecos digitais lutando contra outros bonecos, então elas acabam não sendo tão empolgantes.



Tem momentos que tentam lembrar "O Império Contra Ataca", como a perseguição de naves nos meteoros (que tem até o mesmo desfecho da cena homenageada) e a própria estrutura do filme (no final os vilões vencem, Anakin perde a mão e recebe uma robótica), a diferença é que o Império Contra Ataca é considerado por muitos o melhor da saga, enquanto Ataque dos Clones junto com A Ameaça Fantasma são considerados os piores.

Desde criança esse fora o meu menos favorito, por mais que eu gostasse das partes de ação, todo o romance chato e politica chata eram motivos para deixar o filme de lado, e isso não mudou nem um pouco em mim, até o episódio I eu vi diversas vezes, mas eu posso contar nos dedos quantas vezes eu assisti O Ataque dos Clones.

Nota: 5/10


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