Olá pessoal!
Depois de muito tempo, voltei ao blog pra falar de Star
Wars, desta vez eu quis analisar a fundo todos os filmes dessa saga da qual sou
muito fã, já aproveitando minha maratona anual e com a espera de Rogue One em
dezembro.
Primeiro irei comentar sobre as Prequels, depois a trilogia
clássica e terminando com o filme mais recente, será uma postagem por filme,
então serão 7 artigos.
As prequels de Star Wars são um assunto bem polêmico entre
os fãs, pois são filmes de qualidade realmente questionável, muitos odeiam,
alguns defendem, outros amam, mas onde fico eu nessas três categorias?
Em um um pouco de cada uma.
A Ameaça Fantasma talvez tenha sido o filme mais esperado da
história dos cinemas, pessoas acampavam na frente do cinema semanas antes só
pra garantir seu lugar na sala (isso foi antes da compra antecipada), fãs
enlouqueciam a cada nova informação dada, numa época onde a internet ainda
estava engatinhando, a fanbase de Star Wars é uma das maiores do mundo e
esperaram mais de 15 anos para ver Star Wars novamente nos cinemas.
Era uma tarefa impossivel agradar a todos, mas a maioria
esperava que o filme fosse minimamente decente.
A minha ideia com essas análises e dissecar todos os filmes
da saga, ver tudo que eu considero bom e ruim, de uma forma mais critica e
profissional (apesar de não ser nenhum profissional), sem se apegar muito a
nostalgia que pode esconder alguns problemas desses filmes, mas também longe do
ódio e ressentimento que alguns fãs tem por essa trilogia.
Isso porque admito que adorava A Ameaça Fantasma quando
criança, era um dos filmes que costumava assistir repetidamente nas tardes da
minha infância, era provavelmente meu terceiro filme favorito quando tinha
5 anos de idade junto com Rei Leão (1º) e Jurassic Park (2º).
E vendo hoje, os problemas do filme são bem visíveis, eu não
irei defender ferrenhamente por conta da minha nostalgia, atualmente eu não
acho A Ameaça Fantasma um bom filme, mas também não acho que ele seja
completamente ruim e não tenha nenhum fator redimível.
Primeiramente, vamos começar com os problemas, porque todo
fã de Star Wars já deve ter ouvido as mil críticas do filme várias vezes e nada
do que eu escrever será novo para esse público, o problema que mais
transborda A Ameaça Fantasma é seu uso abusivo de CG (computação
gráfica/efeitos especiais).
O uso de CG conquistou Hollywood e o público com filmes como Jurassic Park e Exterminador do Futuro 2, o problema é que no resto dos anos 90 o cinema ficou muito dependente dele, filmes como Independence Day (1996), Twister (1996) e Armageddon (1998) são alguns dos vários exemplos de filmes que só fizeram sucesso por conta do seu uso de CG, mas tem pouco cuidado de roteiro, pessoas queriam ver espetáculos, mas não pareciam se importar tanto com a história.
George Lucas foi uma das pessoas que ficou fascinado com o CG, pois sua mente é inegavelmente muito imaginativa, e os efeitos visuais possibilitavam ele fazer o que quisesse, foi por esse motivo que ele decidiu fazer as prequels de Star Wars, pois ele não teria mais que ficar limitado ao orçamento e aos efeitos práticos (que certamente levam muito mais tempo para fazer), podendo realizar sua imaginação na tela sem freios.
Isso inicialmente pode até parecer bom, mas há dois problemas, um é que o diretor pode acabar se tornando preguiçoso ao apenas usar o que é mais fácil, e segundo é que as restrições obrigam o diretor a ser mais criativo e fazer o possível para tornar o seu filme melhor, Lucas não teve nenhuma restrição, ninguém criticou seu trabalho, todos o viam como um visionário que não poderia errar.
Então em muitos momentos, A Ameaça Fantasma parece uma cutscene gigante de um jogo de Playstation 1, devia parecer bem bonito em 1999, mas hoje em dia é risível.
E isso nos leva ao maior fator de destruição desse filme, Jar Jar Binks, um dos piores usos de alivio cômico da história do cinema (sipá o pior), seu CG é horrível, suas piadas são horríveis e várias cenas envolvendo ele não tem absolutamente nenhum impacto na história do filme, talvez se Jar Jar Binks não existisse, A Ameaça Fantasma não seria tão odiado.
Outro problema é a história com alta menção politica, eu não necessariamente acho isso ruim, mas há quem diga que as histórias de Star Wars deveriam ser simples, prezando mais a aventura do que "o universo e política da saga", de qualquer forma, tem várias cenas no senado galático, alguma coisa sobre impostos e bloqueio comercial, e sim, isso é tudo tão chato quanto parece. Mas de certa forma, acho interessante Lucas ter tentado dar mais profundidade no universo de Star Wars, mesmo que não seja realmente necessário.
O uso de CG conquistou Hollywood e o público com filmes como Jurassic Park e Exterminador do Futuro 2, o problema é que no resto dos anos 90 o cinema ficou muito dependente dele, filmes como Independence Day (1996), Twister (1996) e Armageddon (1998) são alguns dos vários exemplos de filmes que só fizeram sucesso por conta do seu uso de CG, mas tem pouco cuidado de roteiro, pessoas queriam ver espetáculos, mas não pareciam se importar tanto com a história.
George Lucas foi uma das pessoas que ficou fascinado com o CG, pois sua mente é inegavelmente muito imaginativa, e os efeitos visuais possibilitavam ele fazer o que quisesse, foi por esse motivo que ele decidiu fazer as prequels de Star Wars, pois ele não teria mais que ficar limitado ao orçamento e aos efeitos práticos (que certamente levam muito mais tempo para fazer), podendo realizar sua imaginação na tela sem freios.
Isso inicialmente pode até parecer bom, mas há dois problemas, um é que o diretor pode acabar se tornando preguiçoso ao apenas usar o que é mais fácil, e segundo é que as restrições obrigam o diretor a ser mais criativo e fazer o possível para tornar o seu filme melhor, Lucas não teve nenhuma restrição, ninguém criticou seu trabalho, todos o viam como um visionário que não poderia errar.
Então em muitos momentos, A Ameaça Fantasma parece uma cutscene gigante de um jogo de Playstation 1, devia parecer bem bonito em 1999, mas hoje em dia é risível.
E isso nos leva ao maior fator de destruição desse filme, Jar Jar Binks, um dos piores usos de alivio cômico da história do cinema (sipá o pior), seu CG é horrível, suas piadas são horríveis e várias cenas envolvendo ele não tem absolutamente nenhum impacto na história do filme, talvez se Jar Jar Binks não existisse, A Ameaça Fantasma não seria tão odiado.
O anticristo
Outro problema é a história com alta menção politica, eu não necessariamente acho isso ruim, mas há quem diga que as histórias de Star Wars deveriam ser simples, prezando mais a aventura do que "o universo e política da saga", de qualquer forma, tem várias cenas no senado galático, alguma coisa sobre impostos e bloqueio comercial, e sim, isso é tudo tão chato quanto parece. Mas de certa forma, acho interessante Lucas ter tentado dar mais profundidade no universo de Star Wars, mesmo que não seja realmente necessário.
Ele também tentou explicar a Força de modo científico, com a
ideia dos Midi-Chlorians (formas de vida microscópicas inteligentes que
viviam dentro das células e eram os responsáveis pela geração da Força nos
corpos), também não acho isso terrível, mas certamente trai toda a ideia de
espiritualidade da Força, que era algo tão legal na trilogia clássica.
As atuações são bem mecânicas, mesmo tendo ótimos atores e atrizes como
Liam Neeson, Samuel l. Jackson e Natalie Portman, todos parecem estar no piloto
automático, a maioria é bem inexpressivo pela maior parte do filme, exceto em
cenas onde eles se obrigam a aparentar mais emoção.
A atuação da criança que faz o jovem Anakin é bem ruim, mas não culpo o garoto, isso parece ser mais a mal direção de atores de George Lucas do que realmente preguiça do jovem ator.
Também falta um vilão de peso no filme, Darth Maul é um dos personagens mais mal aproveitados que me lembro, mesmo tendo um visual bem memorável, ele tem um ou dois diálogos no filme, não tem carisma nenhum, e as pequenas aparições do imperador Palpatine não são o suficiente.
A atuação da criança que faz o jovem Anakin é bem ruim, mas não culpo o garoto, isso parece ser mais a mal direção de atores de George Lucas do que realmente preguiça do jovem ator.
Também falta um vilão de peso no filme, Darth Maul é um dos personagens mais mal aproveitados que me lembro, mesmo tendo um visual bem memorável, ele tem um ou dois diálogos no filme, não tem carisma nenhum, e as pequenas aparições do imperador Palpatine não são o suficiente.
Após toda essa negatividade, o leitor pode estar se
perguntando se há de fato algo bom nesse filme, e apesar de pouco, tem coisas
legais em A Ameaça Fantasma, todo o design dos planetas, das naves e dos
alienígenas ainda é bem criativo e faz lembrar da trilogia clássica (mesmo tudo
parecendo mais avançado, o que não faz sentido na cronologia da série), eu
gosto dos designs de Naboo, da cidade dos Gungans e de Coruscant (esse último
lembra bastante Metropolis de Fritz Lang).
Se George Lucas deixa a desejar na direção de atores, ele ao menos consegue fazer cenas de ação, alguns fãs reclamam, mas eu pessoalmente adoro a corrida de pods, acho uma cena empolgante e a produção de som certamente ajuda muito, você sente a velocidade daquelas máquinas com o som e com as cenas em primeira pessoa, além do mais, essa cena inspirou um jogo bem divertido de Nintendo 64.
A cena do luta de Obi Wan e Qui Gon contra Darth Maul é muito bem coreografada e dirigida, algo que faltava na trilogia clássica, os duelos de sabre de luz sempre pareciam bem contidos nos filmes antigos, e nas prequels as lutas atingiram esse potencial maior.
E com essa cena chegamos ao que eu acho ser o ponto mais alto de A Ameaça Fantasma, a trilha de John Williams é fenomenal, talvez não tão icônica quanto a trilha original, mas é tão épica quanto, alguns destaques são:
Star Wars: A Ameaça Fantasma teve uma recepção extremamente dividida, alguns fãs gostaram (o que na verdade podia ser negação), alguns críticos gostaram (o que pareceu mais pressão dos fãs) e outros fãs e críticos odiaram (por colocar fé demais no filme), de qualquer forma, todo mundo tem um problema ou outro com o filme, até eu quando criança achava um saco aquelas cenas do senado, e vivia pulando direto pras cenas de ação.
Nota: 5,5/10
A Ameaça Fantasma é o maior exemplo de quanto as expectativas dos fãs podem ser devastadoras, que por mais que amemos alguma coisa, não devemos colocar toda a fé do mundo nessa coisa, e é uma lição que infelizmente parecemos nos esquecer, basta ver quantos filmes recentes tiveram mal recepções pelo hype gigantesco que geraram e obviamente não conseguiram atender.
O filme nunca vai ser tão legal quanto você espera, aprendam a conter as expectativas, eu estou esperando Rogue One tranquilamente, se for bom, ótimo, se for ruim, próximo!
Se George Lucas deixa a desejar na direção de atores, ele ao menos consegue fazer cenas de ação, alguns fãs reclamam, mas eu pessoalmente adoro a corrida de pods, acho uma cena empolgante e a produção de som certamente ajuda muito, você sente a velocidade daquelas máquinas com o som e com as cenas em primeira pessoa, além do mais, essa cena inspirou um jogo bem divertido de Nintendo 64.
A cena do luta de Obi Wan e Qui Gon contra Darth Maul é muito bem coreografada e dirigida, algo que faltava na trilogia clássica, os duelos de sabre de luz sempre pareciam bem contidos nos filmes antigos, e nas prequels as lutas atingiram esse potencial maior.
E com essa cena chegamos ao que eu acho ser o ponto mais alto de A Ameaça Fantasma, a trilha de John Williams é fenomenal, talvez não tão icônica quanto a trilha original, mas é tão épica quanto, alguns destaques são:
Star Wars: A Ameaça Fantasma teve uma recepção extremamente dividida, alguns fãs gostaram (o que na verdade podia ser negação), alguns críticos gostaram (o que pareceu mais pressão dos fãs) e outros fãs e críticos odiaram (por colocar fé demais no filme), de qualquer forma, todo mundo tem um problema ou outro com o filme, até eu quando criança achava um saco aquelas cenas do senado, e vivia pulando direto pras cenas de ação.
Nota: 5,5/10
A Ameaça Fantasma é o maior exemplo de quanto as expectativas dos fãs podem ser devastadoras, que por mais que amemos alguma coisa, não devemos colocar toda a fé do mundo nessa coisa, e é uma lição que infelizmente parecemos nos esquecer, basta ver quantos filmes recentes tiveram mal recepções pelo hype gigantesco que geraram e obviamente não conseguiram atender.
O filme nunca vai ser tão legal quanto você espera, aprendam a conter as expectativas, eu estou esperando Rogue One tranquilamente, se for bom, ótimo, se for ruim, próximo!
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